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Pedro Fernandes vai para a cadeia

Ex-secretário de Educação cumpria prisão domiciliar

A Polícia Civil prendeu, na manhã de ontem, o ex-secretário estadual de Educação Pedro Fernandes. Ele foi um dos alvos da operação Catarata II, realizada no último dia 11, mas, na ocasião, estava diagnosticado com Covid-19 e ficou em prisão domiciliar. O mandado de prisão preventiva foi cumprido, na residência de Fernandes, num condomínio de luxo na Barra da Tijuca. Ele foi levado para o Presídio José Frederico Marques, em Benfica.

Pedro Fernandes é apontado pelo Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) como o chefe de organização criminosa que usaria a Fundação Leão XIII para fraudar licitações em projetos sociais.

Segundo o MPRJ, o grupo é 'uma verdadeira máfia', que usava a fundação para receber pagamento de propinas e ganhos políticos.

A suposta organização criminosa teria contratos superfaturados que ultrapassaram R$ 117 milhões, entre 2013 e 2018, segundo denúncia do MPRJ. Pedro Fernandes foi exonerado do cargo em 16 de setembro.

A decisão da juíza Ana Helena Mota Lima Valle, da 26ª Vara Criminal, era a de que a prisão preventiva de Fernandes fosse cumprida assim que o ex-secretário testasse negativo para Covid-19. Inicialmente, a quarentena dele terminaria no dia 20, mas, segundo seus advogados, ele ainda estava doente.

Em nota, a defesa de Pedro Fernandes informou ter avisado à juíza da necessidade de exames médicos complementares e que ele não teve alta médica. "Isso quer dizer que ainda pode estar transmitindo a doença. Mesmo assim, houve a decisão de hoje, que revoga a prisão domiciliar. Pedro Fernandes sempre esteve à disposição da Justiça e vai demonstrar sua inocência no curso do processo".

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