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Multas a motoristas com documentação vencida na pandemia perderão efeito

Comissão de Transportes da Alerj denunciou ao Detran-RJ que PM vinha punindo condutores mesmo com orientação do órgão para que multas por esse motivo fossem suspensas

Segundo presidente da Comissão de Transportes, Detran vai publicar portaria para formalizar a suspensão das multas
Segundo presidente da Comissão de Transportes, Detran vai publicar portaria para formalizar a suspensão das multas -
Rio - O Detran-RJ vai suspender o efeito de multas aplicadas em blitzes da Polícia Militar durante a pandemia da covid-19. A informação foi divulgada pelo presidente da autarquia, Adolfo Konder, ao presidente da Comissão de Transportes da Assembleia Legislativa do Rio (Alerj), deputado Dionísio Lins (PP), informou a assessoria do parlamentar. Segundo Lins, a suspensão do efeito de eventuais punições realizadas aos motoristas será confirmada em uma nova portaria do Detran.
Dionísio Lins recorreu ao presidente do Detran porque a Comissão de Transportes vinha recebendo reclamações de cidadãos que afirmavam que foram multados ou tiveram os veículos retidos em blitzes da PM durante a pandemia. Segundo ele, as punições aconteciam mesmo após o Detran ter garantido que, devido à pandemia, nenhum condutor de veículos sofreria punições devido ao atraso de documentos como Carteira de Habilitação e CRLV vencidos.
"Recebi com satisfação a posição do presidente do Detran. Isso mostra ser ele um homem de palavra e que não compactua com nenhum tipo de irregularidade, já que havia determinado que nenhum condutor seria punido durante a pandemia de Covid 19", disse Dionísio Lins. 
Na denúncia encaminhada pela comissão ao presidente do Detran, motoristas relataram estarem sendo cobrados durante as blitzes, pelos documentos atualizados tanto do veículo quanto da CNH.
"O que nos causou ainda mais estranheza, foi o fato de esses motoristas relatarem que no local dessas operações, normalmente existia a presença de reboques. Se isso realmente estava ocorrendo, iria gerar um problema ainda maior para o proprietário do veículo, já que ele teria que arcar com o pagamento do reboque e diária do pátio, o que convenhamos é uma verdadeira covardia", explicou o deputado.
O DIA solicitou um posicionamento ao Detran e à PM e aguarda respostas.