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Anvisa libera compra de 6 milhões de doses da CoronaVac

Vacina virá pronta da China e segue condições impostas pela agência

Anvisa ressaltou que as doses terão que ficar reservadas, já que o produto ainda não tem registro no país e não pode ser utilizado na população
Anvisa ressaltou que as doses terão que ficar reservadas, já que o produto ainda não tem registro no país e não pode ser utilizado na população -
Brasil - A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) autorizou nesta sexta-feira a importação de 6 milhões de doses da CoronaVac, vacina chinesa que deverá ser produzida pelo Instituto Butantan, em São Paulo.
Anvisa ressaltou que as doses terão que ficar reservadas, já que o produto ainda não tem registro no país e não pode ser utilizado na população.
O governo paulista firmou contrato com a Sinovac, farmacêutica chinesa, para a aquisição das 46 milhões de doses da CoronaVac. No caso, essa autorização da Anvisa de 6 milhões são doses que virão prontas da China. Anvisa afirma que a autorização definiu algumas condições que estão descritas no voto. Quanto a importação da vacina na forma de um produto intermediário, isto é, o produto não envasado, o processo segue em tratamento e aguardando informações. 
Caso o Instituto Butantan consiga solucionar as pendências apontadas no processo da excepcionalidade, aliada a avaliação das questões técnicas relativas as boas práticas de fabricação, as quais estão em acompanhamento pela Anvisa e pelo Instituto Butantan, a Anvisa executará os trâmites para decisão dentro da maior agilidade possível.
Centros de pesquisa
Nesta sexta-feira, o governador de São Paulo, João Doria, confirmou a criação de seis novos centros de pesquisa científica para testagem e desenvolvimento da CoronaVac, que está em fase final dos estudos clínicos de segurança e eficácia contra o coronavírus. O anúncio foi feito durante entrevista coletiva no Palácio dos Bandeirantes.
“A vacina, que é o tema do momento, é a proteção à vida e um direito de todos os brasileiros. No caso da pandemia, a vacina é o único caminho para a retomada total da economia, do ensino presencial, de eventos de grande público, do turismo e da volta à normalidade”, afirmou Doria. 
Os novos centros serão supervisionados por especialistas do Instituto de Infectologia Emílio Ribas. Os estudos serão executados em quatro hospitais da periferia da capital, onde a taxa de contaminação tem se mostrado maior do que nos bairros centrais. Outros dois ficarão na região do ABC, que já tem a Universidade Municipal de São Caetano do Sul como local de testagem.

O objetivo do governo de São Paulo é ampliar é aumentar o número de profissionais de saúde que atuam como voluntários na pesquisa da CoronaVac. Até agora, 9.039 pessoas participam dos estudos clínicos em sete estados.

Com os novos centros, os estudos clínicos serão ampliados para 13 mil voluntários em 22 locais de pesquisa. Nesta fase final da pesquisa, metade dos participantes recebe a dose da CoronaVac, enquanto os demais são inoculados com placebo.

Para determinar a eficácia da CoronaVac, é preciso que ao menos 61 participantes aplicados com a substância sejam contaminados pelo coronavírus. A partir desta amostragem, haverá a comparação com o total dos que receberam a vacina e, eventualmente, também tenham diagnóstico positivo de COVID-19.

Se o imunizante atingir os índices necessários de eficácia e segurança, poderá ser submetido à avaliação da Anvisa para registro e posterior uso em campanhas de imunização contra o coronavírus.

A CoronaVac é uma das mais promissoras candidatas a vacina contra o coronavírus e está sendo desenvolvida no Brasil desde julho, em parceria internacional do Instituto Butantan com a biofarmacêutica Sinovac Life Science. O Butantan já tem acordo para transferência de tecnologia e aquisição de 46 milhões de doses do imunizante.