Rio - A Polícia Militar disse, nesta quinta-feira (19), que o cabo PM Rodrigo da Silva Neves, suspeito de participação na morte do contraventor Fernando Iggnácio, genro de Castor de Andrade, será afastado de suas atividades operacionais, passando a prestar serviços administrativos. O agente é considerado foragido e o Portal dos Procurados divulgou uma imagem com a foto dele. Iggnácio foi assassinado no último dia 10 de novembro no estacionamento de um heliporto no Recreio dos Bandeirantes, Zona Oeste do Rio.
O cabo Rodrigo irá responder a um Conselho de Revisão Disciplinar, que poderá resultar em Inquérito Policial Militar (IPM). A PM esclareceu que a Corregedoria Geral da Corporação está acompanhando do inquérito policial na Delegacia de Homicídios na Capital (DHC).
De acordo com a assessoria de comunicação da Polícia Militar, o policial, lotado no 5º BPM (Praça da Harmonia), ingressou na PM em 2013. Rodrigo já foi denunciado no ano passado, por agredir a namorada.
"Ele não estava sendo investigado. Não tinha nenhuma acusação contra ele. O único antecedente dele foi violência doméstica", disse o delegado Moysés Santanna, titular da Delegacia de Homicídios da Capital e responsável pelas investigações.
A Polícia Civil encontrou na casa da namorada dele, nesta semana, quatro fuzis. Segundo a polícia, dois deles possivelmente usados na execução de Fernando Iggnácio. A mulher de Rodrigo foi ouvida pela polícia nesta quarta-feira (18).
ASSASSINATO DE IGNNÁCIO
Para a Polícia Civil, quatro pessoas -um motorista e três atiradores - são responsáveis pelo assassinato do contraventor. Fernando Ignnácio foi atingido por vários disparos de fuzil calibre 7.62. Os disparos foram efetuados de uma distância de cinco metros. Ele e a mulher voltavam de Angra dos Reis, na Costa Verde, de helicóptero.
A polícia analisou as imagens das câmeras de segurança e conseguiram identificar o destino final do veículo usado pelos suspeitos, em um condomínio em Campo Grande, a 40 km de distância do local do crime.