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Vídeo: Morros com restos mortais são despejados nos fundos do Cemitério de Campo Grande

A população que passa por ali fica exposta a terra com materia orgânica como ossos e pele. A situação na unidade da Avenida Cesário de Melo, uma das principais de Campo Grande, já se prolonga por meses, segundo moradores

Morro de detritos e terra na área externa ao Cemitério de Campo Grande, na Zona Oeste do Rio
Morro de detritos e terra na área externa ao Cemitério de Campo Grande, na Zona Oeste do Rio -
Rio - Crianças e adolescentes que utilizam o campo de futebol ao lado do Cemitério de Campo Grande, na Zona Oeste do Rio, para brincar de bola ou soltar pipa têm que dividir o gramado com morros macabros, perigo de contaminação e odor. Desde que o cemitério entrou em obras, a terra escavada de túmulos antigos, está sendo despejada em uma área externa ao terreno.
Moradores da comunidade conhecida como "Favelinha das Almas", vizinha ao cemitério, ficam expostos à terra com matéria orgânica como ossos e pele. A situação na unidade da Avenida Cesário de Melo, uma das principais de Campo Grande, já se prolonga por meses.
A sede do Regimento de Polícia Montada (RPMont) e o 40º BPM (Campo Grande) ficam a cerca de 1 km do local. Um morador que pediu para não ser identificado diz que parte de uma área que era desfrutada pela comunidade foi cercada com ferros, e foi instalado um portão. O acesso a esta área ficou, assim, limitado à empresas de obras e caminhões.
O ferro usado neste cercado é do mesmo material encontrado na cercania do curral do quartel, onde ficam os cavalos da polícia montada, que também fica na área.
Nos morros de terra, que ficam na área externa do cemitério, os moradores encontram pedaços de ossos, crânios, pele, crucifixos, mármore e pedaços de túmulos, entre outros detritos do cemitério. O odor é forte e os moradores temem a contaminação por doenças, como a covid-19. "Às vezes, há até pedaços de corpos, mas os coveiros recolhem", diz um morador. Em um vídeo é possível ver homens trabalhando na obra junto a um caminhão próximo ao monte de dejetos.
 
Segundo a Subsecretaria de Conservação, a administração do cemitério já foi notificada para fazer a imediata retirada do material da parte externa do terreno e a manter a área da calçada limpa para a passagem dos transeuntes.
A empresa Riopax informou que já está procedendo para a retirada do material na área.
Morro de detritos e terra na área externa ao Cemitério de Campo Grande, na Zona Oeste do Rio Arquivo pessoal/ Agência O DIA
Obra no Cemitério de Campo Grande tem restos mortais como ossos e pele, além de pedaços de túmulos Arquivo pessoal/ Agência O DIA
Terra escavada de túmulos antigos é despejada fora do cemitério Arquivo pessoal
Obra no Cemitério de Campo Grande tem restos mortais como ossos e pele, além de pedaços de túmulos Arquivo pessoal/ Agência O DIA
Obra no Cemitério de Campo Grande tem restos mortais como ossos e pele, além de pedaços de túmulos Arquivo pessoal/ Agência O DIA
Obra no Cemitério de Campo Grande tem restos mortais como ossos e pele, além de pedaços de túmulos Arquivo pessoal/ Agência O DIA
Detritos do cemitério são despejados em área externa Arquivo pessoal/ Agência O DIA
Área que era usada por comunidade foi cercada para obra Arquivo pessoal/ Agência O DIA
Área que era usada por comunidade foi cercada para obra Arquivo pessoal/ Agência O DIA
Área que era usada por comunidade foi cercada para obra Arquivo pessoal/ Agência O DIA
Área que era usada por comunidade foi cercada para obra Arquivo pessoal/ Agência O DIA