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Casos da Síndrome Respiratória crescem em todo o país e ocorrência é muito alta, diz Fiocruz

Grande maioria dos casos (97,7%) e mortes (99,3% ) é proveniente da Covid-19 e o Brasil voltou a figurar na zona de risco

Nível de atividade da Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) foi considerada muito alta em todo o país
Nível de atividade da Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) foi considerada muito alta em todo o país -
A tendência é de retomada do crescimento para a Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) em todas as regiões do país, segundo relatório da Fiocruz. A doença respiratória pode ser causada por diversos tipos de vírus mas, em 2020, a grande maioria dos casos (97,7%) é proveniente do SARS-CoV-2, causador da Covid-19. De acordo com os dados registrados na semana epidemiológica 47, de 15 a 21 de novembro, o país voltou a figurar na zona de risco e a ocorrência de casos e óbitos semanais foi considerada muito alta. Para os óbitos, a influência do coronavírus é ainda maior: em 99,3% das vezes, a morte por SRAG veio de uma infecção por Covid-19.
Dentre as capitais do Brasil, quatro apresentaram tendência forte de crescimento a longo prazo (probabilidade de mais de 95%): Belo Horizonte (MG), Campo Grande (MS), Maceió (AL), e Salvador (BA). Para o crescimento moderado (prob. de mais 75%), foram oito: Curitiba (PR), Natal (RN), Palmas (TO), Região de Saúde Central do DF (plano piloto de Brasília e arredores), Rio de Janeiro (RJ), São Luís (MA), São Paulo (SP), e Vitória (ES).
As capitais João Pessoa (PB) e Rio Branco (AC), que davam sinais de crescimento no relatório anterior, apresentam sinal de estabilização. Na capital paraibana, porém, esse quadro ocorre após novamente ter atingido o patamar de 10 novos casos semanais por 100mil habitantes. Para comparação, em agosto, essa média era de aproximadamente 6,5. Já Florianópolis (SC) interrompeu um período de crescimento iniciado em maio e, agora, apresenta estabilidade, com sinal moderado de queda a curto prazo.
Em Goiânia (GO), a tendência de queda que vinha desde outubro foi interrompida, e a capital se encontra em estabilidade. A Fiocruz recomenda, por isso, um reforço das autoridades junto à população com os cuidados básicos, para evitar a retomada do crescimento.
Rio de Janeiro
A situação do estado do Rio pede alerta. Na capital, a tendência de longo prazo é de um sinal moderado de crescimento, ou seja, uma probabilidade de mais de 75% para o aumento de casos da SRAG. Considerando as macrorregiões estaduais de saúde, um sinal moderado de crescimento se repete e a tendência de aumento de casos completa quatro semanas consecutivas em um terço do estado. 
 
Nível de atividade da Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) foi considerada muito alta em todo o país Divulgação/Fiocruz
Quatro capitais registram tendência alta de crescimento, enquanto oito registram tendência moderada Divulgação/Fiocruz
Em apenas 6 das 27 unidades federativas observa-se, a longo e curto prazo, sinal de queda ou estabilização em todas as macrorregiões de saúde. Divulgação/Fiocruz