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Flordelis teria jogado celular do pastor Anderson do Carmo da Ponte Rio-Niterói

Mizael, filho adotivo, disse em audiência que a própria deputada afirmou ter lançado aparelho no mar, após a morte do pastor

Flordelis chegou para prestar depoimento na 3ª Vara Criminal de Niterói
Flordelis chegou para prestar depoimento na 3ª Vara Criminal de Niterói -
Rio - Wagner Pimenta, o Mizael, um dos filhos adotivos da deputada federal Flordelis, disse que a mãe ordenou que o celular do pastor Anderson do Carmo fosse quebrado e lançado ao mar, dias após a morte, em junho do ano passado. Segundo Mizael, a deputada dizia que era uma "anja enviada por Deus".
Em depoimento, dado em audiência nesta sexta-feira à 3° Vara Criminal de Niterói, Mizael reforçou a versão de que, dias após a morte de Anderson, esteve na casa da família e que Flordelis teria escrito em um caderno: "ainda bem que quebramos o celular do Niel (apelido de Anderson) e jogamos da Ponte Rio-Niterói". Segundo Mizael, a deputada optou por escrever porque, na ocasião, a casa já estava com escutas policiais.

Flordelis falava que era uma 'anja enviada por Deus'

No depoimento, dado sem a presença dos réus - Flordelis e os filhos -, o filho adotivo da deputada disse que era comum experiências de "rituais espirituais" na casa da família, onde Flordelis anunciava ser o anjo 'Quitura' e rebatizava filhos com outros nomes. Mizael foi criado no Jacarezinho e adotado por Flordelis na adolescência. Ele é apenas um ano mais velho do que Anderson do Carmo, esposo de Flordelis e tratado como pai por Mizael. Eles foram adotados na mesma época e passaram por "batismos".

"Aconteciam experiências espirituais. Comigo, ela pediu para fechar os olhos e começou a elaborar algumas imagens, para imaginarmos pastos verdejantes, coisas do tipo. E falou naquele momento: 'a partir de hoje você é meu filho e se chama Mizael'", contou. "Ela falava que era um anjo enviado por Deus. Ela é líder espiritual e que o anjo teria o nome de 'Quitura'".

Nesta sexta-feira, a juíza Nearis Carvalho Arce ouve cerca de seis depoimentos de testemunhas do caso. Na chegada, o advogado de Flordelis afirmou que era "provaria a inocência".