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Polícia Federal cumpre mandado de busca e apreensão contra ex-secretário de Transporte do Rio

Júlio Lopes é principal alvo da Operação Fim do Túnel

Júlio Lopes
Júlio Lopes -
Rio - Agentes da Polícia Federal cumprem, na manhã desta segunda-feira, mandados de busca e apreensão contra suspeitos de participar de um esquema de pagamento de propinas na construção da Linha 4 do metrô da cidade. O principal alvo da ação é Júlio Lopes, ex-deputado federal e ex-secretário de Transportes do estado. 
A operação Fim do Túnel tem como objetivo de cumprir sete mandados de busca e apreensão na Zona Sul e Centro do Rio. As investigações consistem em desdobramentos das Operações Tollypeutes, Fatura Exposta e Ponto Final, e têm como finalidade apurar o esquema de pagamento de propina ao governo do Estado do Rio de Janeiro pela empresa responsável pela execução das obras da linha 4 do metrô do Rio de Janeiro, bem como por empresários do ramo rodoviário e setor da saúde.
A linha 4 do metrô começou a ser construída em 2010 para os jogos Olímpicos de 2016 para conectar a estação General Osório, em Ipanema, ao Jardim Oceânico, na Barra da Tijuca. 
De acordo com o MPF, em 2014, ao menos 18 vezes, Júlio Lopes, em razão de seu cargo, solicitou, aceitou promessa e recebeu vantagem indevida no valor de, ao menos, R$ 6,5 milhões paga pela Odebrecht. Ele teria recebido propina para facilitar licitação, contratação e execução das obras de construção, segundo as investigações. 
Em nota, a defesa de Júlio Lopes informou "expressar a sua perplexidade com a busca e apreensão, desnecessária e abusiva, realizada na data de hoje".

"Ao longo de quatro anos de investigações, Júlio Lopes sempre se colocou à disposição das autoridades para explicar qualquer fato. Júlio Lopes não praticou nenhum crime ao longo de sua gestão na Secretaria de Transportes e, não por outra razão, as afirmações caluniosas de delatores nunca foram levadas a sério. A esdrúxula medida, que versa sobre fatos requentados, sequer poderia ter sido decretada pelo juízo da Sétima Vara Federal do Rio de Janeiro, por ofender a competência da Justiça Eleitoral, conforme decisão do Supremo Tribunal Federal", disse a defesa, em nota.