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Água da chuva quebra um galho na crise

Falta de abastecimento leva moradores a se virar como podem

Caixa d'água vazia de Maria de Jesus, moradora de Realengo
Caixa d'água vazia de Maria de Jesus, moradora de Realengo -

Há semanas sem água, moradores de diversas localidades no Rio estão tendo que recuperar a água da chuva para poder fazer tarefas básicas do dia a dia, como lavar as mãos, tomar banho e cozinhar. É o caso de Maria de Jesus, moradora de Realengo, uma das atingidas pelo desabastecimento, causado por um reparo emergencial na Elevatória do Lameirão, dispositivo que integra o sistema Guandu, da Cedae.

"Eu estou sobrevivendo na graça de Deus, porque está chovendo agora. A gente está colocando uma calha para a água cair dentro da minha caixa. Eu não tenho condições financeiras de comprar um carro-pipa", contou a cozinheira, que não consegue mais fazer quentinhas para vender.

Maria de Jesus chegou a receber a visita de funcionários da Cedae, mas nada foi resolvido. Apesar da falta de fornecimento de água, as contas não param de chegar.

Segundo informações preliminares, a Cedae estaria planejando oferecer descontos nas contas dos usuários que estão sem fornecimento de água. Mas as reclamações contra a empresa só fazem aumentar. O Ministério Público e a Defensoria Pública ingressaram com pedido de execução provisória para que a Cedae regularize o fornecimento de água.

Caixa d'água vazia de Maria de Jesus, moradora de Realengo Reginaldo Pimenta
Roupas para lavar devido a falta de água Reginaldo Pimenta / Agencia O Dia
Maria de Jesus e seu marido, Julio Cezar, sofrem com a falta de água Reginaldo Pimenta / Agencia O Dia
Sem água na casa da Maria de Jesus Reginaldo Pimenta / Agencia O Dia
Maria de Jesus estocando água Reginaldo Pimenta / Agencia O Dia