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Por melhores condições de trabalho, ambulantes protestam no Centro do Rio

'Não estamos mais pensando em presente de natal para nossos filhos, em ceia, nada disso. Só queremos trabalhar para colocar arroz e feijão dentro de casa', disse Maria dos Camelôs

Camelódromo da Rua Uruguaiana, no Centro do Rio
Camelódromo da Rua Uruguaiana, no Centro do Rio -
Rio - Cerca de 100 ambulantes estiveram na manhã desta terça-feira na Rua Uruguaiana, no Centro do Rio, em um protesto pacífico, pedindo melhores condições de trabalho. Eles, que atuam no camelódromo da região, alegaram que na semana passada foram impedidos, por agentes da Guarda Municipal (GM), de exercerem suas funções. Além disso, disseram que alguns camelôs foram detidos e houve confusão.
"Nós viemos para o ato hoje porque na quarta-feira (9) funcionários da prefeitura ocuparam a Uruguaiana e os trabalhadores não conseguiram montar suas barracas. Estamos em um momento de pandemia muito grande. Não estamos mais pensando em presente de Natal para nossos filhos, em ceia, nada disso. Só queremos trabalhar para colocar arroz e feijão dentro de casa, além de pagar nosso aluguel", disse Maria do Carmo, a 'Maria dos Camelôs', que tem 46 anos e há 25 trabalha como ambulante. 
Maria também afirmou que na gestão do prefeito Marcelo Crivella, nunca houve um acordo entre as partes. "Nós sempre tentamos ter um diálogo. Hoje um guarda municipal que esteve no local falou que ligou para a prefeitura mas eles não quiseram dialogar com a gente. A negociação com o Crivella nunca foi fácil", finalizou. 
A reportagem tentou entrar em contato com a prefeitura, porém, até a publicação desta matéria, não obteve retorno. 
Já Eduardo Paes, eleito para comandar a gestão da cidade no próximo ano, disse que pretende criar camelódromos nos centros dos bairros para ordenar o trabalho dos ambulantes.