Mais Lidas

Passageiros prejudicados, funcionários em apuros

A paralisação atrapalhou quem saiu cedo para trabalhar. A auxiliar administrativa Laís Andrade teve que pegar o trem por falta do 369 (Bangu x Candelária). "Passei em frente à garagem, e às 7h40 tinha muitos motoristas na porta, já imaginei que era algum problema desse tipo. Descobri que não teria nem o 369, nem o 397, então decidi ir para o trabalho de trem", disse.

A crise financeira e os problemas de gestão das empresas deságuam em um cenário caótico para o lado dos trabalhadores, que convivem com demissões em massa e sucateamento dos veículos, além do fim da função de cobrador. Nos últimos cinco anos, 17 empresas fecharam as portas e 15 mil pessoas foram demitidas, segundo cálculos do Rio Ônibus.

"Eu já trabalhei em empresa em que o patrão chegou e disse: 'não tenho dinheiro para 13º. Quer receber, vai para a Justiça'. É a certeza da impunidade. A classe acabou há muito tempo", disse um ex-rodoviário, demitido no meio da pandemia.