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Caso Marielle: defesa vai buscar ajuda internacional para trazer Ronnie Lessa para o Rio

Policial militar está preso pela morte da vereadora e do motorista Anderson Gomes. Advogado diz que família teme pela sua morte dentro do Presídio Federal de Campo Grande

O sargento reformado Ronnie Lessa é acusado de ter matado a vereadora Marielle e o motorista Anderson Gomes
O sargento reformado Ronnie Lessa é acusado de ter matado a vereadora Marielle e o motorista Anderson Gomes -
Rio – A defesa do policial militar reformado Ronnie Lessa, preso sob a acusação de matar a vereadora Marielle Franco e o motorista Anderson Gomes, revelou, nesta segunda-feira (28), que pretende buscar ajuda internacional para que ele retorne para a Penitenciária Federal de Porto Velho, em Rondônia ou consiga uma transferência para o Rio. De acordo com o advogado Bruno Castro, a família teme que ele seja morto por outros detentos da Penitenciária Federal de Segurança Máxima de Campo Grande, no Mato Grosso do Sul, para onde foi transferido no último dia 9 de dezembro.

“A defesa ainda não esteve com o Ronnie após essa transferência, por isso não temos nenhuma informação verídica de ameaças de morte. Mas podemos afirmar que existe sim esse receio e preocupação. O que a defesa quer entender é o motivo dessa transferência. Isso é uma espécie de tortura física e psicológica contra ele. Se for possível, vamos buscar ajuda internacional para conseguir o retorno dele para Porto Velho ou até mesmo para o Batalhão Prisional Especial (BEP) no Rio. Ele ainda é policial militar”, explicou o advogado.

Sozinho, Lessa está no presídio que reúne os principais líderes do Comando Vermelho (CV) no Rio e integrantes do Primeiro Comando da Capital (PCC) acusados de matar policiais em São Paulo.

“As autoridades que investigam o caso dizem que essa transferência é para que o Ronnie não combine nada com o Élcio - ex-PM também preso pela morte da vereadora e do motorista -. Eles estão presos há quase dois anos”, concluiu a defesa.

Ronnie Lessa e Élcio Vieira de Queiroz foram presos em março do ano passado. Os dois foram acusados pelo Ministério Público e pela Polícia Civil do Rio pelos homicídios da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes.

O PM reformado é apontado como autor dos disparos. Já o ex-policial era o condutor do veículo Cobalt utilizado na execução.