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Presidente do TJ critica suspensão de depoimento de Witzel

Governador afastado só poderá ser ouvido após a defesa ter acesso a todos os documentos

TJ ouve testemunhas no caso do governador afastado, Wilson Witzel, presidida pelo desembargador Claudio de Mello Tavares
TJ ouve testemunhas no caso do governador afastado, Wilson Witzel, presidida pelo desembargador Claudio de Mello Tavares -
A sessão do Tribunal Especial Misto (TEM) que julga o processo de impeachment contra Wilson Witzel, foi aberta com críticas do presidente do Tribunal de Justiça do Rio (TJ-RJ), desembargador Claudio de Mello Tavares, à suspensão do depoimento do governador afastado, que aconteceria nesta segunda-feira (28). O depoimento de Witzel seria realizado após o de outras seis testemunhas.

"Esse tribunal sempre se pautou pela retidão e cumprimento irrestrito dos preceitos fundamentais, entre eles o contraditório, a ampla defesa, mas também a duração razoável do processo", declarou Tavares, que citou que a "justiça tardia nada mais é que injustiça institucionalizada".

O depoimento de Witzel foi suspenso por decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, determinando que o interrogatório do governador afastado só poderá ocorrer após a defesa ter acesso a todos os documentos remetidos pelo Superior do Tribunal de Justiça (STJ). Com a decisão, o fim do processo, previsto para meados de janeiro, poderá se estender.

O deputado estadual Luiz Paulo (Cidadania) afirmou ter pedido a impugnação da liminar que impede Witzel de ser ouvido.