O militar da Marinha do Brasil, Israel Corrêa, morto na noite de quarta-feira (13), tinha a vida voltada para família, carreira e igreja. Membro da Assembleia de Deus de Marechal Hermes, Israel tinha um conjunto gospel junto com amigos e primos, e chegou a gravar um videoclipe da canção 'Me Libertou', no fim do ano passado. Ele foi assassinado na noite desta quarta-feira (13), em Madureira, Zona Norte da cidade, numa tentativa de assalto. A dupla de assaltantes está foragida.
A música 'Me Libertou' foi escrita por Israel. No videoclipe, também é ele quem canta e toca violão.
"Era um músico de mão cheia, guitarrista, tocava violão. Ele compôs uma música no ano passado, nós gravamos e colocamos no Youtube. Vai ficar eternizado como homenagem para ele, e é o legado que ele deixa para gente. Uma pessoa amorosa e muito gente boa", comentou o primo Wilson Leal, que também participava do grupo como baterista.
"A gente fica preocupado com Covid, com outras coisas, mas uma barbaridade dessa a gente jamais espera que vai acontecer com alguém próximo de nós. Com a fé que temos em Cristo, a gente fica chateado, mas pedimos a Deus para que quem cometeu essa ação possa ter a oportunidade de se regenerar", completou o primo.
A família esteve na manhã desta quinta-feira no Instituto Médico Legal (IML), no Centro do Rio, para reconhecer o corpo. Muito religiosos, os familiares dizem que perdoam os criminosos, apesar da dor da perda. "A família perdoa, a família ama. A família tem seus ideais com base naquilo que ensina a palavra de Deus. Esperamos que essas pessoas se voltem para Deus e passem a encontrar a paz. É isso que nós temos como objetivo. Não temos rancor, ou ódio. Fica a tristeza pelo filho maravilhoso que Israel sempre foi", disse o pai, Marcelo Correa. Israel era filho único.
Morador de Marechal Hermes, Israel voltava de carro do Centro de Instrução Almirante Alexandrino, na Penha, e foi abordado pelos criminosos na Avenida Ministro Edgar Romero, em Madureira. Dois assaltantes numa motocicleta abordaram o veículo. Israel teria se assustado e acabou atingido pelos criminosos. Ele morreu ainda no local. Outros dois amigos voltavam de carona e estavam no banco traseiro, mas nada sofreram. "Pelo jeito que foi, não identificaram meu primo como militar. Ele estava com o vidro fechado, foi muito em cima", contou o primo, Wilson Leal.
O Portal dos Procurados pede informações sobre os responsáveis pela morte do cabo. O WhatsApp do Portal recebe informações anônimas no (21) 98849-6099.
