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Vídeo: Mulher morta em comunidade do Rio é enterrada

Segundo Roseli Rodrigues de Souza, mãe de Fabíola, o sonho da filha era terminar os estudos e trabalhar como manicure

Amigos e familiares se despedem de Fabíola Rodrigues no Cemitério do Catumbi
Amigos e familiares se despedem de Fabíola Rodrigues no Cemitério do Catumbi -
Rio - A jovem Fabíola Rodrigues de Souza, de 22 anos, que morreu na noite desta quinta-feira no Morro Fallet-Fogueteiro, na Região Central do Rio, foi enterrada nesta tarde no Cemitério do Catumbi. No local, parentes e amigos da vítima pediam justiça e estavam bastante emocionados. Segundo Roseli Rodrigues de Souza, mãe de Fabíola, o sonho da filha era terminar os estudos e trabalhar como manicure. 
"Minha filha fazia cabelo e unha. O sonho dela era ter um diploma para trabalhar como manicure. Agora eu só quero justiça. Acabaram com a minha filha. Nós não devemos nada para ninguém. Ela não merecia isso", afirma Roseli com a voz embargada. 
Em um momento da despedida da jovem, algumas pessoas deram o último adeus cantando um trecho da música gospel "Restitui". "Eu quero de volta o que é meu, sara-me e põe teu azeite em minha dor, restitui e leva-me às águas tranquilas", dizia parte da canção.
Guerra de traficantes
Moradores do São Carlos relataram que traficantes do Fallet-Fogueteiro entraram na comunidade e trocaram tiros com rivais, entre a madrugada e a manhã desta quinta-feira. No tiroteio, três pessoas foram baleadas e acabaram mortas. Entre os mortos, além de Fabíola, estaria o adolescente Tiago Pio Resgate, de 16 anos. Familiares disseram que ele tinha saído de casa para ir na padaria. O garoto foi atingido por três tiros: um na cabeça, um no peito e outro em um dos braços. 
Tiago será enterrado nesta sexta-feira também no Cemitério do Catumbi. Mesmo local onde Fabíola foi enterrada. Procurada pelo DIA, a Polícia Militar informou que não foi acionada para ir até o local.
Disputa de facções por domínio do São Carlos
Em 2020, traficantes do Comando Vermelho do Morro do Coroa, com apoio de comparsas da Rocinha, iniciaram a invasão ao Complexo do São Carlos. Os bandidos fizeram a incursão pelo Morro da Mineira e pelo Morro do Querosene. Os traficantes do Comando Vermelho gravaram vídeo comemorando a invasão. 
Na ocasião, Ana Cristina Silva, de 25 anos, morreu ao tentar proteger o filho no meio do tiroteio. Ana foi atingida por tiros de fuzil na cabeça e barriga. O Corpo de Bombeiros chegou a ser acionado, mas por conta da intensa troca de tiros, a corporação não conseguiu socorrer a vítima.
Além disso, um criminoso fiz uma família de refém. Na casa onde o bandido entrou para fugir da polícia, estava uma criança de 5 anos,  mãe de 36 e uma senhora, de 58. Após um determinado tempo, Renan Fortunato se entregou à polícia após negociar com o Bope e conversar com seu pai que é pastor e vive no Morro do Cantagalo, em Copacabana.
O pai, que na época preferiu não se identificar, contou que a família tentava tirar o jovem de 29 anos da vida do crime. Ele se mudou da casa em que vivia com os pais para morar na Rocinha, em São Conrado.