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Vacinação em São Paulo começa na segunda-feira se Anvisa aprovar CoronaVac, diz secretário

Jean Gorinchteyn afirmou que somente os profissionais de saúde receberão o imunizante na primeira etapa

O Secretário da Saúde do Estado de São Paulo, Jean Gorinchteyn, e o Presidente do Instituto Butantan, Dimas Covas, com a vacina CoronaVac
O Secretário da Saúde do Estado de São Paulo, Jean Gorinchteyn, e o Presidente do Instituto Butantan, Dimas Covas, com a vacina CoronaVac -
São Paulo pode ser o primeiro estado a iniciar a vacinação contra a covid-19 no Brasil, na próxima segunda-feira (18). De acordo com o secretário estadual de Saúde Jean Gorinchteyn, em entrevista à rádio CBN, isso acontecerá se a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovar o uso emergencial da CoronaVac neste domingo (17). No primeiro momento, somente profissionais de saúde serão imunizados. Gorinchteyn afirma, porém, que um início de imunização antes do restante do país não significa “uma desobediência ao Programa Nacional de Imunização”.
A reunião entre os diretores da Anvisa para discutir a aprovação de uso emergencial das vacinas para o Brasil está marcada para às 10h deste domingo, com final previsto para às 15h. A CoronaVac, produzida pelo Instituto Butantan em parceria com a farmacêutica Sinovac, e a vacina de Oxford, fruto de parceria da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) com a AstraZeneca, são os imunizantes analisados pela agência reguladora.
Durante a entrevista, o secretário estadual de Saúde de São Paulo afirmou que o estado já conta com toda a logística pronta para iniciar a imunização, a partir da liberação da Anvisa. Caso a CoronaVac seja liberada para uso emergencial neste domingo, a vacinação no estado começa na segunda-feira:
“Nós temos, a partir de amanhã, a liberação para a vacinação. Temos a logística pronta. Vacina não é pra ficar no estoque, é para ser aplicada no braço das pessoas para que isso faça a garantia de proteção da vida. Na segunda-feira, se estiver tudo ok, teremos nosso programa implementado”, afirmou à CBN.
Segundo ele, o número de postos de vacinação no estado de São Paulo foi ampliado “de 5,2 mil para mais de 10 mil” e as medidas de segurança da vacina já foram orquestradas:
“Desde setembro, nós temos a distribuição da vacina para os 745 municípios, a programação de saída das carretas do Instituto Butantan e toda a parte de segurança relacionada à Polícia Militar, à Tropa de Choque e às Guardas Civis dos municípios, assim como a segurança no acondicionamento, na qualidade do produto. Mantendo aquilo que a gente chama de Câmara de Frio, 2 a 8 graus para que todas as vacinas sejam mantidas com qualidade, com geradores, refrigeradores. Assim como toda a equipe de assistência”, contou.
Gorinchteyn disse também que somente profissionais de saúde serão vacinados nesta primeira fase da imunização e que o estado seguirá “os preceitos e ritos” do programa nacional de vacinação:
“Nós estivemos no Ministério (da Saúde) para inserir essa vacina no Programa Nacional de Imunização. Neste primeiro momento vão ser aquelas pessoas que são os profissionais da área da Saúde. A seguir, aqueles acima de 75 anos, pessoas acima de 60 que estão em unidades de longa permanência, como asilos, e também quilombolas e indígenas porque são pessoas em populações mais vulneráveis”, finalizou o secretário.