Após o Twitter ter colocado em alerta uma postagem feita pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido), a plataforma também marcou publicações antigas dos deputados federais Carla Zambelli (PSL-SP) e Daniel Silveira (PSL-RJ) e da página oficial do Ministério da Saúde como "informações enganosas e potencialmente prejudiciais relacionadas à COVID-19".
As postagens falam sobre um estudo que comprova a eficácia do tratamento precoce para evitar uma evolução da Covid-19. Na sexta-feira, dia 15, o Twitter fez o mesmo tipo de alerta em um post do presidente.
No caso da página do Ministério da Saúde, eles orientam a não esperar e começar o quanto antes o tratamento, procurando um posto de saúde e começando o tratamento precoce.
Entretanto, pesquisadores de universidades em diferentes países comprovaram que não há prevenção ou tratamento com a ajuda de medicamentos, além de órgãos e organizações em todo mundo não indicar qualquer tipo de remédio.
Embora a plataforma tenha marcado como potencialmente prejudicial, as publicações seguem visíveis. Porém, essa medida do Twitter contribui para restringir a circulação desse tipo de postagem.
Ao longo de toda a pandemia, o presidente Bolsonaro e seus aliados frequentemente defendem o uso de medicamento para o tratamento do coronavírus. Em lives, pronunciamentos e postagens, Bolsonaro indica cloroquina, ivermectina, hidroxicloroquina, annita, entre outros.
Porém, a Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI) informa que não recomenda tratamento precoce para a covid-19 com qualquer medicamento. "Não existe comprovação científica de que esses medicamentos sejam eficazes contra a covid-19. Os estudos clínicos randomizados com grupo controle existentes até o momento não mostraram benefício e, além disso, alguns destes medicamentos podem causar efeitos colaterais", indicam.