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Após início da vacinação contra covid-19, Doria e Pazuello trocam farpas

Governador de SP desmentiu o ministro da Saúde sobre apoio de Brasília com recursos federais

Governador João Doria comemora o início da vacinação
Governador João Doria comemora o início da vacinação -
Após o ministro da Saúde, general Eduardo Pazuello, dizer que o governo apoiou no desenvolvimento da Coronavac com recursos federais, o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), desmentiu o chefe da pasta. Além disso, Pazuello disse que não começaria vacinação neste domingo como "ato simbólico ou um golpe de marketing", embora tenha os imunizantes em mãos.  
“Pazuello mentiu ao dizer que houve apoio. O investimento foi do governo do Estado de São Paulo. Não teve um centavo do governo federal”, disse Doria. 
Ainda na coletiva, o governador de SP afirmou que a única vacina que o Brasil tem de fato é a do Instituto Butantan e criticou diretamente o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e o chefe da pasta de Saúde. "Golpe de morte é o que dá Jair Bolsonaro e a incompetência do seu governo. São Paulo vai continuar fazendo o que for necessário, destinando vacinas que caberão ao Ministério da Saúde e as que cabem a São Paulo”, disse.
Também na coletiva o presidente do Butantan, Dimas Covas, criticou o trabalho feito pelo presidente do país e o ministro da Saúde. "O general Pazuello como soldado, foi preparado a vida inteira para matar. Já o profissional de saúde foi preparado a vida inteira para salvar vidas", pontuou ele. 
Nesta tarde, durante coletiva realizada no Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia (INTO), no Rio de Janeiro, o general Pazuello se referiu ao início da aplicação da dose na enfermeira Mônica Calazans como um "golpe de marketing" em São Paulo. "A Saúde tem em mãos as vacinas, tanto do Butantan quanto da AstraZeneca. Nós poderíamos, em um ato simbólico ou jogada de marketing, iniciar a primeira dose em uma pessoa. Porém, em respeito a todos os governadores, prefeitos e todos os brasileiros, o Ministério da Saúde não fará isso. Não faremos uma jogada de marketing", disse ele. 
Ainda de acordo com o ministro, os governadores não podem permitir movimentos político-eleitoreiros durante a imunização. "Hoje, foi dado o primeiro passo para o início da maior campanha de vacinação do mundo. A distribuição da vacina iniciará nesta segunda, a partir das 7h, para todos os Estados", disse ele.