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Enfermeira do Complexo do Alemão é uma das primeiras a ser vacinada contra a Covid-19 no Brasil

Carolina Trugilho é residente do Hospital das Clínicas, em São Paulo

Carolina Trugilho, cria do Alemão, foi uma das primeiras vacinadas
Carolina Trugilho, cria do Alemão, foi uma das primeiras vacinadas -
Rio - Nascida e criada no Morro do Adeus, no Complexo do Alemão, Zona Norte do Rio, a enfermeira Carolina Trugilho está entre os mais de cem profissionais de saúde vacinados com CoronaVac, do Instituto Butantan, em São Paulo, neste domingo. A informação foi divulgada pelo jornal Voz das Comunidades. A ação aconteceu após aprovação do uso emergencial, liberado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). 
De acordo com o jornal do Alemão, a jovem se mudou há um ano para São Paulo por causa do trabalho, e é residente Residente em Cardiologia e Pneumologia no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP). 
Nas redes sociais, a enfermeira não escondeu a emoção de estar entre os primeiros vacinados do Brasil. "Viva a ciência e ao SUS!", escreveu Carolina. 
Mônica Calazans é a primeira vacinada do Brasil 
Neste domingo, a enfermeira Mônica Calazans, de 54 anos, foi a primeira brasileira a ser vacinada no país. Ela recebeu a primeira dose vacina CoronaVac, do Instituto Butantan. Ao lado dela, esteve presente o governador de São Paulo, João Doria, (PSDB). Ela está há oito meses na linha de frente do combate ao coronavírus na UTI do Hospital Emílio Ribas, em São Paulo. Mônica é negra, moradora de Itaquera (zona leste), com perfil de alto risco para complicações da covid-19. Ela é obesa, hipertensa e diabética.
"Eu sou mulher negra, brasileira, enfermeira e a primeira pessoa vacinada no país. Espero que o país acredite na vacina. Vamos pensar nas vítimas que perdemos, quantos pais, irmãos. Era isso que a gente estava precisando, para voltar a vida normal, dar um abraço e aperto de mão. Povo brasileiro, não tenham medo. É a grande chance que temos de salvar vidas", declarou.
Embora se enquadre no grupo de risco, em maio do ano passado, no auge da primeira onda da doença, ela se inscreveu para trabalhar com contrato por tempo determinado, escolhendo o Instituto de Infectologia Emílio Ribas, no epicentro do combate ao coronavírus. “A vocação falou mais alto”, afirmou.
Quando os testes clínicos da vacina Coronavac começaram pelo Instituto Butantan, ela também decidiu se voluntariar para os testes. "Eu quase perdi um irmão, mas depois disso decidi me voluntariar. Me falaram que era cobaia, mas eu disse que queria ajudar e faria parte de uma pesquisa", disse ela.
 
Carolina Trugilho, cria do Alemão, foi uma das primeiras vacinadas Reprodução do Instagram
Carolina Trugilho Reprodução Instagram
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