Justiça condena serial killer da Baixada a mais de 16 anos de prisão

Criminoso foi preso em dezembro de 2014, quando confessou ter matado 43 pessoas, sendo sete homicídio confirmados

Sailson José das Graças na época da prisão, em 2014
Sailson José das Graças na época da prisão, em 2014 -
Rio - A Justiça do Rio condenou, nesta quinta-feira, Saílson José das Graças, de 32 anos, a 16 anos e quatro meses de prisão pela morte de Francisco Carlos Chagas. Conhecido como "Monstro do Corumbá", o criminoso foi preso em dezembro de 2014, quando confessou ter matado 43 pessoas, sendo sete homicídio confirmados, na Baixada Fluminense.
Na sentença, o juiz Carlos Gustavo Vianna Direito, da 1ª Vara Criminal, levou em consideração os maus antecedentes do réu e as circunstâncias em que o assassinato ocorreu. "O réu agiu com culpabilidade reprovável, considerando a premeditação e a frieza no cometimento do crime, além da agressividade com a vítima que foi atacada com várias facadas no pescoço, tórax e abdome, com lesões em pulmões, coração, fígado e carotidiano esquerdo", escreveu o juiz.
O crime
De acordo com a investigação, Francisco Carlos foi morto a facadas no dia 23 de outubro de 2014. Cleusa Balbina de Paula, que era sua companheira na época, teria influenciado Saílson a executar Francisco, com quem também teria um relacionamento, por desconfiar que Francisco fosse o responsável pelo sumiço de um celular.
Outras mortes
Na época da prisão, a Polícia Civil não descartava a hipótese de Sailson ter inventado todas essas mortes. No entanto, o número de homicídios foi considerado exagerado e ele foi apontado como tendo participado de pelo menos seis assassinatos e quatro tentativas de homicídio.
Quando foi preso, Saílson chegou a dizer que sentia prazer em matar e que suas vítimas eram preferencialmente mulheres brancas. "Parava na padaria, numa praça, ficava vendo jornal. Olhava para uma mulher e falava: 'é essa'. Ia seguindo até em casa, mas nunca estuprei ninguém. Mulher pra mim tinha que ser branca, negra não, por causa da minha cor. Eu tinha prazer quando ela se debatia, gritava e me arranhava. Eu pensava que eu era meio maluco, às vezes normal", declarou ele.