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Sindicato dos Rodoviários diz que não haverá paralisação no BRT até a próxima segunda-feira

Ministério Público do Trabalho (MPT) propôs a realização de uma nova assembleia para que os trabalhadores decidam se aceitam o termo para criação do rodízio na escala durante 30 dias

Estação do BRT em Madureira, Zona Norte do Rio
Estação do BRT em Madureira, Zona Norte do Rio -
Rio - Após audiência de conciliação no Tribunal Regional do Trabalho (TRT), na tarde desta terça-feira, o presidente do sindicato dos Rodoviários do Rio, Sebastião José, informou que não haverá paralisação dos três corredores do BRT (Transoeste, Transcarioca e Transolímpica) até a próxima segunda-feira (8) – quando haverá uma segunda assembleia do setor.

"O BRT assinou um compromisso em não implementar o rodízio até a próxima assembleia na segunda-feira. Até lá, não haverá paralisação dos serviços. Se as propostas forem rejeitadas e houver uma nova paralisação, será nas formas da lei, com as notificações, com a comunicação à população", disse Sebastião José.
Durante a audiência, o Ministério Público do Trabalho (MPT) propôs a realização de uma nova assembleia para que os trabalhadores decidam se aceitam o termo para criação do rodízio na escala durante 30 dias.
Neste período, o sindicato profissional e a empresa farão reuniões para construção de um acordo coletivo, prevendo regras específicas para os funcionários do BRT, sem prejuízo aos benefícios já conquistados em outras normas coletivas.

Durante a elaboração do acordo, a empresa não poderá realizar nenhuma demissão sem justa causa e os trabalhadores não farão paralisações. O Sindicato se comprometeu a realizar uma assembleia junto aos rodoviários para deliberar sobre a proposta e encaminhar a decisão para o BRT Rio.
Sistema BRT fechado
O BRT Rio ficou paralisado nesta segunda-feira nos seus três corredores (Transoeste, Transcarioca e Transolímpica). Segundo o consórcio que administra o transporte, alguns motoristas impediram a saída dos ônibus das garagens em protesto contra a perspectiva de atraso de salários este mês.
O representante dos motoristas de BRT, Ademir Francisco, disse que a categoria realizou a paralisação contra a decisão da empresa de afastar motoristas por 10 dias sem remuneração. A cada 7 dias, 50 funcionários ficariam em casa sem receber, segundo Ademir.
A cidade entrou em estágio de atenção às 6h30 por conta da paralisação. O estágio de atenção é o terceiro nível em uma escala de cinco e significa que há riscos de ocorrências de alto impacto na cidade. Há possibilidade de nova mudança de estágio devido a chuva ou outros fatores.
BRT anunciou que não tem dinheiro
No sábado (30), o BRT divulgou nota para anunciar que não tem recursos para honrar os próximos compromissos prioritários, como o pagamento da segunda parte do salário de janeiro – em 5 de fevereiro – e a compra de insumos necessários à operação, como combustível, por exemplo.
De acordo com o presidente do Sindicato dos Rodoviários, Sebastião José, no BRT atuam cerca de 450 motoristas. Ele afirma que já havia informado a direção do BRT sobre a possibilidade de paralisação devido ao rodízio imposto aos funcionários. A situação piorou quando a empresa informou que não haveria condições de realizar o pagamento da categoria este mês.