Rio - Motoristas de aplicativo realizam uma manifestação, na tarde desta quinta-feira, em frente ao número 300 da Avenida Marechal Rondon, onde o colega de trabalho Gabriel Augusto Paes, de 32 anos, foi assassinado nesta madrugada enquanto aguardava um passageiro.
Eles cobram mais segurança para trabalhar e regras mais claras por parte das empresa que possam proteger os trabalhadores.
Eles cobram mais segurança para trabalhar e regras mais claras por parte das empresa que possam proteger os trabalhadores.
Motoristas de aplicativo fazem carreata após assassinato de colega.#ODia
— Jornal O Dia (@jornalodia) February 4, 2021
Crédito: Estefan Radovicz / Agencia O Dia pic.twitter.com/exESfuhbSp
"Nossas vidas importa sim. Queremos trabalhar com tranquilidade. Estamos circulando com medo hoje nas ruas. A qualquer hora podemos sofrer violência", disse o motorista de aplicativo Carlos Magno, de 45 anos.
Os motoristas se organizaram por grupos de mensagens para a manifestação após tomarem conhecimento da morte e Gabriel Paes.
Eles portavam cartazes com dizeres como "Quantas vidas mais vamos perder para termos mais segurança? Precisamos de ajuda já!" e "Vida de motorista de app também importa!".
Os carros dos trabalhadores, estacionados na pista lateral, também trazem inscrições no vidro traseiro: "Luto!" e "App sem segurança" eram algumas delas.
Dentre as reivindicações dos motoristas, a redução do tempo mínimo de espera pelo passageiro, sinalização de áreas com alto risco de assalto e fim da obrigatoriedade de ter viajar com as salas abertas, o que deixaria os motoristas mais vulneráveis.
"O tempo mínimo de espera tinha que ser reduzido de cinco para dois minutos. Enquanto esperamos passageiros, e o momento em que sofremos assaltos e podemos perder nossas vidas", disse José Luiz dos Santos, de 45 anos.
"Quem anda com vídeo fechado com ar-condicionado tem medo de ser expulso do aplicativo. Mas, com janelas abertas, estamos inseguros. Eu pergunto pelo aplicativo à empresa e não há uma posição clara, aponta Magno.
Relatos de violência nas ruas do Rio não faltam entre os presentes na manifestação. Florêncio Bispo, de 58 anos, relata assalto a mão armada em Madureira.
"Estava na Rua João Ribeiro e os assaltantes mostraram a arma e mandaram descer. Os passageiros ainda pediram para arrancar com o carro. Se eu fizesse isso poderia ter sido morto. Eles levaram o veículo".
Carlos Magno relatou um assalto relâmpago em Realengo:
"Um miliciano entrou no carro armado com fuzil e ordenou que eu o levasse até uma comunidade próxima.
Relatos de violência nas ruas do Rio não faltam entre os presentes na manifestação. Florêncio Bispo, de 58 anos, relata assalto a mão armada em Madureira.
"Estava na Rua João Ribeiro e os assaltantes mostraram a arma e mandaram descer. Os passageiros ainda pediram para arrancar com o carro. Se eu fizesse isso poderia ter sido morto. Eles levaram o veículo".
Carlos Magno relatou um assalto relâmpago em Realengo:
"Um miliciano entrou no carro armado com fuzil e ordenou que eu o levasse até uma comunidade próxima.