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Justiça do Rio analisa recurso de acusados de matar Marielle Franco

Ronnie Lessa e Élcio Queiroz entraram com recurso para não irem a júri popular

Ronnie Lessa (E) perdeu a perna esquerda em atentado. Já Élcio Queiroz foi expulso da PM em 2015
Ronnie Lessa (E) perdeu a perna esquerda em atentado. Já Élcio Queiroz foi expulso da PM em 2015 -
Rio - A justiça do Rio vai analisar, nesta terça-feira, o recurso dos dois réus acusados de matar a vereadora Marielle Franco e o motorista Anderson Gomes. Élcio Queiroz e Ronnie Lessa entraram com recurso para não irem à júri popular. A sessão está prevista para começar às 13h.
Em março do ano passado, a 4ª Vara Criminal da Capital decidiu que os acusados deveriam ir à júri popular.
Élcio Queiroz foi condenado pelo Tribunal de Justiça do Rio (TJRJ) a 5 anos de prisão. Ele era motorista do carro que foi usado no dia do crime e responde por porte ilegal de arma. Na ocasião, ele dirigia para o sargento reformado da PM Ronnie Lessa, acusado de efetuar os disparos contra as vítimas.
Élcio foi expulso da Polícia Militar em janeiro de 2015 após conclusão do Conselho de Disciplina instaurado pela Corregedoria da corporação. Nele, ficou constatado a participação dele com a contravenção (atividade ilegal de exploração de jogos de azar), de a cordo com a PM. No dia 12 de março de 2019, ele foi preso na Operação Lume, do Ministério Público e a Polícia Civil, dois dias antes dos assassinatos de Marielle e Anderson completarem um ano.
Ronnie foi preso em março de 2019, suspeito de ser o responsável pelos disparos que atingiram Marielle e Anderson, em março de 2018, no Estácio, Região Central do Rio. Junto com ele, foi preso o ex-PM Élcio Vieira de Queiroz, que é apontado como o motorista do carro usado no crime para seguir a vereadora.

Na época da prisão, 117 fuzis da plataforma M-16 foram encontrados na casa de um amigo de Lessa. As armas estavam desmontadas em caixas e foram avaliadas em mais de R$ 3 milhões.

Em julho, o PM reformado foi indiciado por tráfico internacional de armas. De acordo com as investigações da Delegacia Especializada em Armas, Munições e Explosivos (Desarme), Lessa comprava peças e acessórios de armas desmontadas, desde 2014, em sites da China, Nova Zelândia e Estados Unidos.
Ronnie Lessa (E) perdeu a perna esquerda em atentado. Já Élcio Queiroz foi expulso da PM em 2015 Divulgação
Marielle Franco e seu motorista, Anderson, foram assassinados em 2018 Câmara Municipal do Rio de Janeiro