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Em ação da Secretaria de Meio Ambiente, agentes queimam material apreendido na Praia do Perigoso, no Rio

Ação gerou críticas, mas prefeitura diz que decreto federal permite a queimada quando não há possibilidade de transporte

Material apreendido foi queimado na Praia do Perigoso
Material apreendido foi queimado na Praia do Perigoso -
Rio - Em ação da Secretaria Municipal de Meio Ambiente na praia do Perigoso, na Zona Oeste do Rio, o secretário Eduardo Cavaliere e agentes de fiscalização queimaram barracas, mesas de plástico e outros materiais apreendidos. Os agentes atearam fogo em duas toneladas de materiais irregulares.
Além do material que foi queimado, a Secretaria de Meio Ambiente recolheu 850 quilos de lixo, autuou uma pessoa e retirou várias barracas de acampamento e comércio ilegais nas praias selvagens do Perigoso, do Meio e Funda, localizadas no Parque Natural Municipal de Grumari. Os únicos acessos são por trilha ou de barco.

O objetivo da operação, entre os bairros de Grumari e Barra de Guaratiba, foi reprimir acampamentos em área protegida e retirar barracas de venda de bebidas clandestinas. As praias do Perigoso, do Meio e Funda têm proteção integral – o Parque de Grumari é gerido pela Secretaria Municipal de Meio Ambiente.

"São áreas protegidas, riquezas da cidade, que precisam ser cuidadas. Esta é mais uma ação de defesa dura do meio ambiente", disse o secretário municipal de Meio Ambiente, Eduardo Cavaliere.

Os principais materiais recolhidos foram latas de cerveja, garrafas PET e sacos de biscoito. A ação contou com apoio da PM Ambiental, da Guarda Municipal do Rio e da Capitania dos Portos. 
Ação recebeu críticas
Em postagem nas redes sociais, a ONG Amigos do Perigoso criticou a ação das autoridades. "Esse é o exemplo que eles dão, queimando, onde o certo seria reciclar ou apreender de forma legal. Dessa maneira a gente não educa, não conscientiza ninguém".
A prefeitura afirmou que parte do material foi apreendido, colocado em botes infláveis e transportado para a embarcação da Capitania do Portos e que os materiais utilizados para construção de barracas clandestinas foram incendiadas pela fiscalização. 
Ainda segundo a prefeitura, a prática é permitida pelo decreto federal 6514/08, que diz que os produtos, inclusive madeiras, subprodutos e instrumentos utilizados na prática da infração poderão ser destruídos ou inutilizados quando o transporte e a guarda forem inviáveis. Segundo os agentes, a capacidade de embarcação se esgotou.