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Belo é levado para presídio do Rio de Janeiro

Policiais estiveram na casa dele nesta manhã e apreenderam duas pistolas, munição, dinheiro em espécie e um computador

Cantor Belo chegando preso na Cidade da Polícia
Cantor Belo chegando preso na Cidade da Polícia -
Rio - O cantor Belo foi levado para um presídio do Rio de Janeiro na noite desta quarta-feira após ser preso nesta manhã e passar horas na Cidade da Polícia (Cidpol), na Zona Norte. O pagodeiro, dois produtores e um traficante são investigados pela realização de um show no sábado (13), no Complexo da Maré. 
Agentes da Delegacia de Combate às Drogas (DCOD) estiveram na casa do cantor e apreenderam duas pistolas, munição, dinheiro em espécie e um computador. Segundo a investigação, as armas estão registradas no nome do artista, que tem posse de arma.
De acordo com a polícia, o quarteto violou um decreto municipal que proibia aglomerações no Carnaval e contribuíram com a disseminação do coronavírus, colocando em risco a vida de centenas de pessoas. 
O delegado titular da Delegacia de Combate às Drogas (DCOD), Gustavo de Mello de Castro, informou que o cantor está respondendo por quatro crimes: Infração de medida sanitária, epidemia, invasão ao prédio público (esbulho possessório) e organização criminosa.
"Os fatos são graves, falam por si só. Além de gerar uma grande aglomeração de pessoas, houve uma invasão a uma escola pública, que causou dano ao erário público. Além da festa ter sido capitaneada pelo traficante local, o Alvarenga", contou Castro.
Para o delegado, a realização do show fortalece o tráfico local. "Ao realizar o show, ele promove toda a engrenagem do narcotráfico no interior daquela comunidade. A gente tem relatos de pessoas armadas, de crianças consumindo drogas, então, quando ele aceita realizar o evento no interior da comunidade, dentro de uma escola invadida, com invasão até da sala de aula, ele faz com que aquela facção se fortaleça".
Quem também esteve na Cidpol nesta tarde foi Gracyanne Barbosa, mulher de Belo. Ela saiu em defesa do marido e disse que ele precisa trabalhar.
"Vivemos um novo normal, certo? Esse novo normal é para alguns ou para todos? Todos nós estamos nos virando para nos adequar as novas normas. Não existe vilão ou mocinho. Seria maravilhoso e ideal se pudéssemos ficar trancados em casa esperando a vacina chegar, que por sinal vai demorar para o brasileiro, né? Mas como pagamos nossas contas? Nós ficamos meses em casa e mesmo agora não saímos, não viajamos, não vamos a festas, bares, praias. Mas precisamos trabalhar", declarou.