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Ex-secretário da Saúde e suspeito de corrupção, Edmar Santos volta a atuar no hospital da PM

Santos é réu por improbidade administrativa no processo que investiga possíveis fraudes na compra de mil respiradores para o tratamento de pacientes com a covid-19

Ex-secretário de Saúde do Estado, Edmar Santos
Ex-secretário de Saúde do Estado, Edmar Santos -
Rio - O ex-secretário de Saúde do Estado do Rio de Janeiro e suspeito de fraude na compra de respiradores para tratamento da covid-19, Edmar Santos, voltou a atuar como médico anestesista no Hospital Central da Polícia Militar (HCPM), em fevereiro. A informação foi confirmada pela Polícia Militar.
Santos é policial militar e professor de Anestesiologia na Faculdade de Ciências Médicas da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), onde também já retornou às atividades como docente, após permanecer afastado por um período no ano passado, em função de uma licença médica que terminou em fevereiro.
O ex-secretário, no momento, é réu por improbidade administrativa no processo que investiga possíveis fraudes na compra de mil respiradores para o tratamento de pacientes com a covid-19, após a juíza Georgia Vasconcellos da Cruz, da 2ª Vara da Fazenda Pública do Rio, aceitar a denúncia do Ministério Público (MP) contra o ex-secretário.
De acordo com o pedido do MP, o réu também é acusado pela participação na possível fraude das seguintes empresas: A2a Comércio Serviços e Representações Ltda; Arc Fontoura Industria Comercio e Representações Ltda; Atacadão Farmacêutico Comercio de Material Médico Hospitalar e Alimentos Ltda; Jabel Marketing e Representações Ltda Me; e Mhs Produtos e Serviços Ltda.
Prisão
O ex-secretário de Saúde Edmar Santos foi preso no dia 10 de julho de 2020 sob acusação de integrar uma organização criminosa que teria fraudado contratos de compra de respiradores pulmonares para combate à pandemia do novo coronavírus. O ex-secretário do Rio fechou delação com o MPF e foi solto no dia 6 de agosto de 2020, após decisão dada a pedido da Procuradoria-Geral da República pelo Superior Tribunal de Justiça.
A ação foi um desdobramento da Operação Mercadores do Caos, do Ministério Público do Rio, sobre fraudes em contratos da Secretaria Estadual de Saúde, que já tinha resultado na prisão do ex-subsecretário executivo Gabriell Neves, no início de maio deste ano. Dias depois da prisão de Neves, ainda em maio, Edmar Santos foi exonerado do cargo de secretário estadual de Saúde.