Mais Lidas

'Não sobrava outra palavra', diz Felipe Neto sobre intimação por chamar Bolsonaro de genocida

Youtuber foi intimado pela Polícia Civil do Rio de Janeiro com base na Lei de Segurança Nacional

Felipe Neto diz que intimação com base em Lei de Segurança Nacional visa disseminar o medo
Felipe Neto diz que intimação com base em Lei de Segurança Nacional visa disseminar o medo -
Rio - O youtuber Felipe Neto se posicionou na noite de terça-feira sobre a intimação que recebeu da Polícia Civil do Rio de Janeiro com base na Lei de Segurança Nacional. Segundo o humorista, ele foi intimado com base em uma denúncia do vereador Carlos Bolsonaro pelo fato de ter se referido ao presidente da República como genocida. Em vídeo publicado em sua conta no Twitter, o youtuber cita as razões pelas quais usou o termo para classificar Bolsonaro.
"Eu não sei como que ele [Carlos Bolsonaro] queria que eu me referisse a um presidente que chamou a pandemia de gripezinha, que provocou aglomerações em todos os momentos, que sabotou medidas dos governadores para enfrentar a pandemia, que condenou uso de máscaras, que demitiu dois ministros da Saúde que tentaram agir com o mínimo de decência, que gastou milhões de reais em cloroquina, droga ineficaz no combate à doença, que se recusou a comprar a vacina quando foi oferecida pela Pfizer, que sempre se recusou a vacinar, que outra palavra eu deveria usar para me referir a esse presidente? Colegão? amigo do povo? Não sobrava outra palavra", afirmou.
Felipe Neto disse ainda que a ação visa a amedrontar a população. "Vou continuar sem medo. O objetivo deles é a imposição do medo. Eles sabem que eu tenho como me defender. Sabem que não vai dar em nada essa acusação descabida, mas querem impor o medo. Um povo não deve jamais ter medo do governo. O governo que deve temero o povo. Nós vamos vencer", declarou.
O youtuber afirmou na segunda-feira que um carro da polícia trouxe a intimação até sua casa. O delegado responsável pelo caso é Pablo Sartori, titular da Delegacia de Repressão a Crimes de Informática da Polícia Civil do Rio de Janeiro. Neto é investigado pelo crime de calúnia, com base na Lei de Segurança Nacional, editada durante a ditadura militar.

O procedimento foi aberto a partir de um pedido do vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos). Na última semana, o filho do presidente afirmou que havia aberto uma queixa-crime contra Felipe Neto e contra a atriz Bruna Marquezine por supostos crimes contra Jair Bolsonaro.