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Justiça do Rio expede alvará de soltura para Fabrício Queiroz e esposa

Após a soltura, o desembargador Milton Fernandes vai decidir a respeito das medidas cautelares a serem cumpridas pelo casal

Márcia Oliveira de Aguiar e Fabrício Queiroz
Márcia Oliveira de Aguiar e Fabrício Queiroz -
Rio - O Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJRJ) expediu, nesta quarta-feira, alvará de soltura para o ex-assessor de Flávio Bolsonaro, Fabrício Queiroz, e para sua esposa, Márcia Aguiar. A decisão foi do desembargador Milton Fernandes de Souza, em cumprimento do pedido feito pela Quinta Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ). 
O casal, que estava em prisão domiciliar, é investigado por suposto envolvimento no desvio de recursos públicos, conhecido como esquema das "rachadinhas", no gabinete do ex-deputado estadual Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ), hoje senador.
Após a soltura, o desembargador Milton Fernandes vai decidir a respeito das medidas cautelares a serem cumpridas por Fabrício e Marcia.
Prisão
Fabrício Queiroz foi preso no dia 18 de junho de 2020 em uma operação conjunta entre o Ministério Público do Rio (MPRJ) e o de São Paulo (MPSP). O ex-assessor do senador Flávio Bolsonaro foi encontrado em um imóvel de Frederick Wassef, advogado do parlamentar, em Atibaia, no interior de São Paulo.
O local onde Queiroz estava funciona como um escritório do criminalista que defende o filho do presidente Jair Bolsonaro no caso que apura suposto esquema de "rachadinha" de verbas do antigo gabinete do parlamentar na Assembleia Legislativa do Rio (Alerj). A polícia precisou arrombar o portão e a porta da residência. O PM estava no local há cerca de um ano.
A ação para a prisão de Queiroz foi batizada de Operação Anjo e foi autorizada pela Justiça do Rio. Além da captura do PM, os agentes também cumpriram mandados de busca e apreensão em uma casa próxima de uma residência da família Bolsonaro em Bento Ribeiro, na Zona Norte, além de outros endereços.
Rachadinha
A prisão de Queiroz faz parte da investigação que apura um esquema de "rachadinha" na Alerj - desvio de dinheiro público através da devolução parcial de salário pago pelos assessores para o então deputado estadual. O PM também é investigado por lavagem de dinheiro em transações imobiliárias com valores de compra e venda fraudados.
Queiroz virou alvo do MPRJ após um relatório do antigo Conselho de Atividades Financeiras (Coaf) apontar uma movimentação atípica em sua conta de R$ 1,2 milhão.