Mais Lidas

Tradição da Sexta-Feira Santa faz movimento das feiras livres aumentar

Consumidores foram às ruas garantir o peixe do almoço

Geral - Comercio de pescados para a Semana Santa em feiras livres no Rio de Janeiro. Na foto, feira na Rua Oto de Alencar, no Maracana, zona norte do Rio. O zelador Antonio Lopes observa os peixes em exposição
Geral - Comercio de pescados para a Semana Santa em feiras livres no Rio de Janeiro. Na foto, feira na Rua Oto de Alencar, no Maracana, zona norte do Rio. O zelador Antonio Lopes observa os peixes em exposição -
Nem o aperto das medidas restritivas contra a Covid-19 em todo o Rio de Janeiro foi capaz de desestimular o carioca na manutenção de uma de suas maiores tradições: a garantia do peixe fresco para o almoço da Sexta-Feira Santa. Na manhã desta quinta-feira o MEIA HORA foi a duas feiras livres para acompanhar de perto o movimento, que foi intenso durante todo o dia.
Na primeira, no Maracanã, apesar de boa parte dos consumidores usarem as máscaras de proteção, alguns feirantes e transeuntes resolveram ignorar a proteção ou colocá-la de maneira inadequada — no queixo ou apenas pendurada em uma das orelhas. Na Peixaria São Francisco de Paula, a qualidade do pescado atraiu o zelador Antônio Lopes, de 55 anos. "A aparência aqui está melhor do que no mercado, onde não é tão fresco e está mais caro. A gente não pode fazer muita coisa nesse feriadão, né, então pelo comprar o peixe para a Sexta-Feira Santa ajudar a manter uma certa rotina", afirmou.
Morador do Bairro Riachuelo, Adriano Carvalho, de 44 anos, colocou a máscara do Flamengo e foi com a esposa dar aquele confere nos preços e gostou do que viu. "Achei que fosse estar mais caro por causa da grande procura, mas vejo que está na média. Bom, amanhã é peixe sem a menor dúvida. Pelo menos isso", afirmou.
Apesar do bom movimento, Patrício da Silva Messias, de 46 anos, há 20 administrando a peixaria, lamenta a crise causa pela pandemia da Covid-19. "Caiu muito (a venda). Ano passado, para você ter uma ideia, era até difícil chegar aqui perto do balcão por causa de tanta gente que queria comprar peixe. A gente estima que perdemos uns 50% de cliente agora em 2021".
Do Maracanã o MH foi para o Andaraí, onde a Peixaria São Pedro dividia opiniões em relação aos preços dos produtos. "O dinheiro está mais curto agora, então decidi levar camarão para o almoço de amanhã. Mas mesmo assim estou achando caro. Foi o que deu para comprar e, pelo menos, é uma maneira de tentarmos manter a tradição durante esse período louco que estamos vivendo", afirmou Dalila Senario, de 55 anos.
 
 

Comentários