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Caso Henry Borel: Pai organiza carreata para pedir justiça pela morte do filho

O ato acontecerá nesta segunda-feira (5) na Barra da Tijuca, Zona Oeste

Carreata por pedido de justiça acontecerá na Barra da Tijuca, Zona Oeste
Carreata por pedido de justiça acontecerá na Barra da Tijuca, Zona Oeste -
Rio - O engenheiro Leniel Borel, de 37 anos, pai do menino Henry Borel, que morreu na madrugada do dia 8 de março na Barra da Tijuca, Zona Oeste, fez uma publicação neste domingo em sua conta oficial no Instagram para divulgar uma carreata que acontecerá nesta segunda-feira (5) para pedir por justiça pela morte do filho. 
A concentração está marcada para começar às 17h na subprefeitura da Barra da Tijuca, na Zona Oeste. O grupo irá caminhar até a 16ªDP, onde o caso está sendo investigado. 
Henry morreu na madrugada do dia 8 de março na emergência do Hospital Barra D'Or, na Barra da Tijuca. Segundo Monique Medeiros e Dr. Jairinho, mãe e padrasto do menino, a criança, que estava no apartamento da mãe, dormia no quarto e foi encontrado desacordado no chão.
Na ocasião, Monique relatou aos médicos que ouviu um barulho e foi ver o que tinha acontecido com o filho. Jairinho, que é médico, contou que o enteado não se mexia e o socorreu para a emergência. Para a Polícia Civil, a morte do menino ainda precisa ter algumas circunstâncias esclarecidas.
O laudo da necropsia indicou a criança apresentava sinais de violência. A causa da morte foi hemorragia interna e laceração hepática causada por uma ação contundente. A perícia constatou vários hematomas no abdômen e nos membros superiores; infiltração hemorrágica.
Reconstituição
Na quinta-feira (1), peritos do Instituto Médico Legal (IML) e do Instituto de Criminalística Carlos Éboli (ICCE) e policiais da 16ª DP fizeram a reconstituição da morte de Henry no prédio onde o menino saiu sem vida. Monique e Jairinho não compareceram. De acordo com o advogado do casal, André França, foi ele quem os orientou a não participar da reprodução simulada. 
Durante o processo, peritos coletaram manchas das paredes da sala e do quarto. Inicialmente, acharam que pudesse ser sangue, mas a possibilidade já foi descartada. 
Ligação para Cláudio Castro
O governador em exercício do Rio, Cláudio Castro, confirmou, na quinta-feira (1), ter recebido uma ligação do vereador Dr. Jairinho, no dia da morte do menino Henry Borel. Em nota ao DIA, Castro afirmou que, durante o telefonema, "limitou-se a explicar ao vereador que o assunto seria tratado pela delegacia responsável pelo inquérito e encerrou a ligação”. O governador ainda reiterou que "sempre garantiu total autonomia à Polícia Civil e que não interfere em investigações".
O vereador teria ligado para Castro antes do caso chegar aos noticiários, para relatar o que aconteceu naquela noite. Dr. Jairinho teria contado ao governador, a mesma versão que deu aos investigadores. Policiais e secretários de estado também teriam sido procurados pelo parlamentar.