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Rio depende de repasses federais para a continuidade da vacinação contra a covid-19

Mulheres de 64 anos são vacinadas nesta sexta. 'Qualquer dia de atraso prejudica o calendário', diz secretário

Profissionais abaixo de estande de vacinação, em estacionamento, na Uerj
Profissionais abaixo de estande de vacinação, em estacionamento, na Uerj -
Rio - O Rio atingiu esta semana a marca de 1 milhão de vacinados, com 15% da população imunizada e 70% dos idosos já com a primeira dose. Mas o calendário de vacinação depende, mais uma vez, de novos repasses de vacinas do governo federal. Nesta sexta-feira (9) é a vez das mulheres de 64 anos. A prefeitura garante vacinação até o sábado, com pessoas de 64 anos ou mais.

O Rio buscou na madrugada desta sexta mais doses no posto de distribuição, em Niterói. O número de quantidades em estoque, no entanto, ainda é insuficiente para garantir a continuidade do cronograma. A capital tem intenção de vacinar pessoas com 60 anos ou mais até o dia 23 de abril, além de profissionais de saúde com 50 anos ou mais e agentes das forças de segurança.
"A Fiocruz entrega doses hoje para o Ministério da Saúde. Temos doses garantidas até sábado, nossa meta é receber essa doses para dar continuidade. Qualquer dia de atraso prejudica o calendário", disse o secretário Daniel Soranz.
O prefeito Eduardo Paes parabenizou o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, pelo que chamou de "inteligente" e "óbvia" decisão de distribuir as remessas e evitar ainda mais atrasos. Paes tem criticado o fato de o governo federal demorar a repassar as doses para os municípios.
"Não dá para receber doses e segurar. Aqui vai meu agradecimento ao Ministro da Saúde pela decisão inteligente e óbvia de distribuir doses", comentou o prefeito. ""A única coisa que pode afetar o nosso calendário é a chegada de vacinas. Chegou vacina, a gente aplica agulha", completou.

Paes menciona diminuição do atendimento na rede hospitalar após restrições
O prefeito do Rio avaliou que as medidas restritivas, decretadas há 14 dias e flexibilizadas nesta sexta-feira (9), fizeram efeito na diminuição no número de atendimentos nas redes de urgência e emergência. No dia 26 de março, o primeiro da parada emergencial, 518 pessoas buscaram atendimento na rede de urgência e emergência por suspeita de Covid-19. Esse número foi para 393 no dia 7 de abril. O Rio volta hoje a liberar o funcionamento de bares, restaurantes e lanchonetes até 21h e o comércio após 10h. Praias, boates e festas continuam proibidos.
"A boa notícia desse momento é que, respeitando período epidemiológico de 14 dias, nós conseguimos diminuir o número de pessoas que tem procurado as redes, clínicas da família e UPAs, e o que observamos semana passada se confirmou. As medidas restritivas tiveram efeito. Daqui a pouco a gente começa a ter menos internação, e um pouco depois menos óbito", comentou. A rede pública municipal tem 695 internadas em um leito de UTI nesta sexta-feira (9), e uma taxa de ocupação de 90%.