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Preso homem que fundou facção criminosa no Rio ao lado traficante Uê

Robinho do Aço tentou sair do Complexo da Maré usando documento falso. Na operação, três suspeitos foram mortos

Material apreendido no Complexo da Maré foi levado para a Cidade da Polícia, no Jacarezinho
Material apreendido no Complexo da Maré foi levado para a Cidade da Polícia, no Jacarezinho -
Rio - Condenado pela Justiça do Rio a mais de 40 anos de prisão, o traficante Rubens Ricardo da Silva, vulgo "Rubinho do Aço", foi preso na manhã desta quinta-feira (22) durante uma operação da Polícia Civil, no conjunto de favelas do Complexo da Maré, na Zona Norte do Rio. Rubinho do Aço, segundo a polícia, é apontado como um dos fundadores da facção criminosa Terceiro Comando Puro (TCP), que surgiu dentro dos presídios do Rio de Janeiro, entre 1994 a 1998, por intermédio de Ernaldo Pinto de Medeiros, o Uê. 
De acordo com os agentes que participaram da operação, Rubinho do Aço apresentou documentos falsos para tentar fugir de um bloqueio policial nas favelas da Baixa do Sapateiro e do Timbau. Durante a operação houve confronto em diferentes pontos da comunidade e três suspeitos acabaram mortos. A polícia apreendeu um fuzil, pistolas e drogas. 
Logo no início da manhã moradores da Maré relataram nas redes sociais os confrontos no interior do Timbau e Baixa do Sapateiro. A página Redes da Maré pediam para que a população tivesse cuidado na região. 
Um morador usou a internet para denunciar supostos abusos dos agentes dentro da Maré. Segundo ele, um policial que dirigia um dos veículos blindados passou por uma rua amassando os carros dos moradores. Um desses veículos segundo ele, seria seu material de trabalho que foi arremessado em um poste. 
O Ministério Público Estadual informou que desde junho do ano passado, por conta da pandemia, as ações da polícia em comunidades Rio precisam ser informadas ao órgão com pelo menos com 24 horas de antecedência. A decisão foi do ministro Edson Fachin, do Superior Tribunal Federal (STF), apos a morte do adolescente João Pedro Mattos Pinto, morto em operação no Complexo do Salgueiro, em São Gonçalo.
A operação foi realizada por intermédio da Delegacia Especializada em Armas, Munições e Explosivos (Desarme), Coordenadoria de Recursos Especiais (Core) e ), Subsecretaria de Inteligência.
Material apreendido no Complexo da Maré foi levado para a Cidade da Polícia, no Jacarezinho Divulgação
Material apreendido no Complexo da Maré foi levado para a Cidade da Polícia, no Jacarezinho Divulgação