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PM: deputado do PSL agrediu policial após ser parado blitz

Segundo a corporação, Gustavo Schmidt ainda teria exigido que o militar se desculpasse pela abordagem. O parlamentar nega as agressões

Gustavo Schmidt (PSL)
Gustavo Schmidt (PSL) -
Rio - A Polícia Militar afirmou que o deputado estadual Gustavo Schmidt (PSL) agrediu fisicamente um agente da corporação durante uma abordagem na noite de sexta-feira (23), na rodovia RJ-106, na altura da Serra do Mato Grosso, entre as cidades de Maricá e Saquarema. A confusão começou depois que o parlamentar já havia sido liberado pela blitz, mas voltou para cobrar explicações. Schmidt nega que tenha agredido o PM, e afirma que foi desacatado.
A primeira confusão aconteceu quando Schmidt dirigia com a namorada e o filho para a cidade de Saquarema, na Região dos Lagos, e foi parado por uma blitz do Batalhão de Polícia Rodoviária (BPRv). Segundo a PM, ele "se recusou a colaborar com a fiscalização, alegando ser parlamentar". O político diz ter sido tratado com rispidez. Como não foi encontrada nenhuma infração, Schmidt seguiu viagem com a família.
Mas horas depois, já na madrugada, o deputado retornou ao posto policial, desta vez sozinho, exigindo "pedido de desculpas dos policiais e agrediu fisicamente um integrante da equipe do BPRv". Relatos dão conta de que Schmidt teria dado um soco no queixo do agente, que teve luxação constatada após exame de corpo de delito. O parlamentar nega a agressão e afirma ter sido desacatado por um agente.
Em nota, a assessoria de Gustavo Schmidt afirmou que o deputado se encaminhava "com seu filho e sua namorada para um sítio da família em Saquarema", quando "o veículo em que estava foi parado e houve uma abordagem ríspida dos policiais". "Liberado, Gustavo deixou seu filho e a namorada no sítio e retornou ao DPO, pois suspeitava que a blitz realizada seria ilegal, e solicitou ao policial a Ordem de Serviço da operação, que não foi apresentada. Na ocasião, Gustavo foi desacatado por um dos policiais. Em nenhum momento ele agrediu qualquer policial e nem foi encaminhado à delegacia. Ele afirma que irá solicitar formalmente a apuração do caso", continuou a nota.
Esse não é o primeiro caso de agressão do deputado. Em março do ano passado, no início da pandemia, Schmidt foi detido por suspeita de agredir um policial militar em Camboinhas, em Niterói, no momento em que estava em uma festa em um quiosque na região. Aglomerações estavam proibidas por causa da pandemia. Imagens divulgadas em redes sociais mostraram o deputado desacatando a delegada de plantão na 76ª DP (Niterói), Camila Lourenço. À época, Schmidt também contestou a versão da polícia e afirmou ter sido vítima de um "complô político".