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Pai da menina Ketelen aponta omissão da mãe da criança às agressões praticadas pela madrasta

O corpo da criança foi enterrado na tarde deste domingo (25), no Cemitério Municipal de Engenheiro Pedreira, em Japeri, na Baixada Fluminense. 'Estou à base de remédios', diz o pai

Segundo o pai, a prefeitura de Porto Real ajudou no processo de translado do corpo até o cemitério e custeou o enterro de Ketelen
Segundo o pai, a prefeitura de Porto Real ajudou no processo de translado do corpo até o cemitério e custeou o enterro de Ketelen -
Rio - Roger da Rocha, pai da menina Ketelen Vitória, aponta omissão da mãe da criança, Gilmara de Oliveira, às agressões praticadas pela madrasta Brena Luane. "Nunca pensei que a mãe dela poderia fazer isso. Estou à base de remédios". Ketelen, de seis anos, morreu no último sábado em Resende, após sofrer um fim de semana de torturas em Porto Real, Sul Fluminense. O corpo da menina foi enterrado na tarde deste domingo (25), no Cemitério Municipal de Engenheiro Pedreira, em Japeri, na Baixada Fluminense, em cerimônia com poucos familiares. Mãe e madrasta estão presas.

Segundo Roger, o relacionamento com a ex-esposa era amigável até ela conhecer a nova companheira, Brena, suspeita de ser a responsável pelas agressões que resultaram na morte da criança. O pai de Ketelen afirmou não ter tido contato com a filha nos últimos nove meses, desde que Gilmara se mudou e passou a morar com a companheira em Porto Real.
"Eu ficava nervoso com a situação, vira e mexe perguntava para a minha mãe se tinha contato com elas. A Gilmara perdeu rede social, mudou telefone, se desligou da gente aqui do Rio. A única vez que entrou em contato com a família foi para pedir dinheiro para voltar para o Rio. Mas em momento nenhum falou de agressão", comentou Roger, confirmando a versão de outros familiares de que Gilmara cogitou retornar ao Rio de Janeiro nos últimos tempos.

"Infelizmente, a companheira que ela estava era um monstro e não deixou ela vir. Aquele monstro fez ela bloquear todo mundo, se desligar. A Gilmara era muito fácil de ir pela cabeça dos outros. Ela sempre ia muito pela cabeça dos outros", afirmou o pai.

Segundo o pai, a prefeitura de Porto Real ajudou no processo de translado do corpo até o cemitério e custeou o enterro de Ketelen.

Gilmara, a mãe, e Brena, a madrasta, estão presas preventivamente no Instituto Penal Santo Expedito, em Bangu. Inicialmente autuadas por crime de tortura, agora elas podem responder também por homicídio qualificado depois que a menina Ketelen Vitória morreu.
'Ela queria vir embora', diz familiar; ligações eram sempre no viva-voz e acompanhadas por Brena
Gilmara Oliveira de Farias, de 28 anos, e Brena Luane Barbosa Nunes, de 25 anos, se conheceram ano passado pela internet. Em julho, Gilmara saiu de Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, onde morava com a filha, em direção a Porto Real, no sul do estado, cerca de 150 km de distância. Com o tempo, o romance virou um pesadelo. Gilmara queria voltar para a cidade de origem, mas teria sido impedida por Brena.
Em entrevista ao MEIA HORA, uma familiar que não quis se identificar, informou que, aos poucos, as ligações foram ficando impossíveis. "Nós não conseguíamos falar com ela. Quando era possível, a ligação era sempre no viva-voz, e Brena ficava ao lado ouvindo tudo que ela falava", diz.
A testemunha ainda conta que Gilmara queria voltar para Duque de Caxias, mas não tinha dinheiro. "Ela chegou a pedir para a gente mandar dinheiro pra ela conseguir voltar. Mas ela teve que dar uma conta bancária da Brena pra depositarmos o dinheiro. Nós não conhecíamos a Brena, não tinha como confiar que ela ia conseguir voltar".
Segundo o pai, a prefeitura de Porto Real ajudou no processo de translado do corpo até o cemitério e custeou o enterro de Ketelen Yuri Eiras
Ketelen Vitória, de seis anos, morreu no último sábado em Resende Yuri Eiras
O corpo da menina Ketelen Vitória foi enterrado na tarde deste domingo (25), no Cemitério Municipal de Engenheiro Pedreira, em Japeri, na Baixada Fluminense Yuri Eiras