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Fim de salário e foro privilegiado para Witzel após impeachment

Pelo Twitter, o agora ex-governador criticou o resultado do julgamento, discutiu com parlamentares pela web e chegou a comparar o tribunal com o 'Estado Islâmico'

O governador afastado Wilson Witzel
O governador afastado Wilson Witzel -
Rio - Depois dos votos unânimes do Tribunal Misto a favor do afastamento definitivo de Wilson Witzel do cargo de governador do estado do Rio, o ex-juiz não possui mais direito a salário pagos pelo estado e ao foro privilegiado. Devido a posição que ocupava anteriormente, a investigação sobre os desvios de valores na Saúde do Rio estava sob responsabilidade do Superior Tribunal de Justiça. Agora, com a perda do foro privilegiado, o ex-governador pode ser julgado no Rio.
Em razão da decisão do Tribunal Misto, Witzel também não poderá se candidatar a cargos públicos pelos próximos cinco anos. A sessão foi feita sem a presença do ex-governador, que acompanhou a votação de casa. Pelo Twitter, ele criticou o resultado do julgamento, discutiu com parlamentares pela web e chegou a comparar o tribunal com o 'Estado Islâmico'.
"Não desistirei jamais do cargo a que fui eleito. Espero um julgamento justo e técnico. As alegações finais do deputado Luiz Paulo são desprovidas de prova e demonstram toda sua frustração por seu grupo ter sido derrotado nas eleições, diga-se o grupo do Cabral e Picciani", defendeu o ex-governador no Twitter.
Após o encerramento da sessão e a divulgação do resultado, Witzel criticou a forma que o tribunal foi executado e afirmou que o fundamento do voto do relator do caso seria contrário a técnica jurídica. "Lamentavelmente o Relator Deputado Waldeck Carneiro do @ptbrasil está usando exclusivamente a delação de Edmar Santos para fundamentar seu voto, absolutamente contrário a técnica jurídica sem compromisso com um julgamento justo", escreveu.
"A grande contradição é que o Presidente Lula foi condenado única e exclusivamente pela delação de Léo Pinheiro - réu confesso e desesperado como Edmar - deputado Waldeck Carneiro, delação só vale quando é oposição ao delatado?", completou, horas mais tarde, o governador afastado.