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Passageiros enfrentam dificuldades para encontrar ônibus antes operados pela Viação Acari

Segundo um funcionário, a empresa Verdun assumiu a linha 457 e outras cinco assumiram a 607

Geral - Linhas de onibus da viaçao Acari estao sendo operadas por outra empresas. Na foto,  ponto final da Linha 607, em Cascadura, zona norte do Rio.
Geral - Linhas de onibus da viaçao Acari estao sendo operadas por outra empresas. Na foto, ponto final da Linha 607, em Cascadura, zona norte do Rio. -
Rio - Os dias de incertezas sobre as linhas antes atendidas pela Viação Acari continuam. Apesar de passageiros notarem uma pequena melhora na cobertura de ônibus da linha 457 (Abolição x Siqueira Campos), o coletivo 607 (Rio Comprido x Cascadura) segue com atrasos e o 456 (Méier x Copacabana) não foi mais visto. De acordo com um funcionário da empresa Verdun, cerca de 19 coletivos foram remanejados para atender algumas rotas feitas pela Acari. 
O DIA foi a pontos de ônibus dessas três linhas. Na 457, os passageiros relataram demora no início da manhã, mas a situação foi normalizada ao longo do dia após reclamações sobre o serviço na imprensa. Na 607, a demora, segundo relatos, chega a meia hora. E no ponto final da 456, no Norte Shopping, passageiros comentam que não viram mais a linha e os ônibus não passaram por lá enquanto a reportagem estava no local na manhã desta terça-feira (04). 
Ainda durante o fim de semana, as cabines do 607 e do 456 foram retiradas de dois pontos de ônibus em Cascadura, na Zona Norte do Rio.
Rosemery Marcos, passageira que utiliza a linha 607 disse que mais cedo, não conseguiu encontrar o ônibus, mas que na volta para casa a demanda de coletivos melhorou.

"Foi um transtorno, cheguei no ponto, não tinha ônibus, tive que procurar outro local e pegar outra linha, ir pra Saens Peña e ir a pé pro meu trabalho. Agora voltando está bem melhor", conta.
Alguns passageiros também disseram que apesar de não ter ônibus, os pontos das linhas da Viação Acari servem de descanso para quem precisa caminhar por longos períodos para embarcar em coletivos utilizados como segunda opção.

A guarda municipal Andressa Mara, diz que logo após os rodoviários anunciarem a paralisação, ainda na sexta-feira, ela sentiu uma grande mudança na hora de encontrar ônibus da linha 457 para trabalhar.

"Eu tenho costume de pegar essa linha dia sim e dia não, que é a minha escala de serviço e desde sexta-feira estava muito ruim, com uma demora muito grande entre os ônibus. Pontos lotados, com aglomeração. A gente que trabalha na Zona Sul precisa desse ônibus e ficou bem ruim de transporte", conta.

Um dos passageiros do 607, Átila Júlio, de 32 anos, alegou que o intervalo entre os coletivos aumentou. Segundo ele, o ônibus que passava de 15 em 15 minutos passou a demorar, em média, meia hora.

"Eu saio do trabalho às 23h e no domingo fiquei esperando o ônibus até 1h da manhã e não passou. Precisei pedir um Uber para ir para casa. Não tinha ônibus para voltar. O tempo também aumentou, está saindo de meia em meia hora", conta.

Um funcionário, que não quis se identificar, disse que cinco empresas estão operando a linha 607. Atualmente, segundo ele, o intervalo entre os coletivos é de oito minutos. 

A Secretaria Municipal de Transportes disse que, foi notificada nessa segunda-feira (03), pelos consórcios Internorte e Transcarioca sobre o encerramento das operações da Viação Acari. A pasta alegou que, caso o contrato não seja cumprido, a prefeitura poderá decretar a caducidade das concessões e realizar uma licitação para definir novos operadores. "A prefeitura esclarece ainda que estuda a contratação emergencial para assumir os serviços", finalizou.

Já a Rio Ônibus não confirmou a informação sobre o remanejamento de linhas e disse que conta com a sensibilidade dos profissionais rodoviários para a retomada da operação o mais rápido possível. Nesta segunda-feira, o Sindicato realiza uma reunião para definir pagamentos de funcionários da Viação Acari.