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Paes recria Conselho da Cidade e pede 'consenso mínimo' entre segmentos políticos

Grupo será formado por conselheiros, que devem debater estratégias para o desenvolvimento do Rio

Eduardo Paes
Eduardo Paes -
Rio - O prefeito do Rio, Eduardo Paes, anunciou nesta quinta-feira (5) a recriação do Conselho da Cidade, formado por cerca de 300 representantes de diferentes forças econômicas e políticas do Rio, entre empresários, secretários, pesquisadores e produtores culturais. O objetivo do grupo é discutir estratégias para o desenvolvimento da capital, por meio de ferramentas de partipação como enquetes populares. Uma primeira versão do Conselho já havia sido criada em 2011, durante a primeira gestão de Paes.

Na cerimônia de reinauguração, realizada no Palácio da Cidade, Paes relembrou marcos da primeira gestão, citou o governo Lula e pediu 'consenso mínimo' entre as forças políticas do Rio, em mais um aceno por uma frente ampla que aglutine o centro e a centro-esquerda para as eleições estaduais de 2022. Paes, que discute sua saída do Democratas, tem no atual presidente da OAB, Felipe Santa Cruz, seu nome favorito para o pleito do ano que vem. Marcelo Freixo (PSOL) é outro nome forte.

"Nosso principal objetivo é provocar os atores da cidade para que eles possam não só nos inspirar, mas também fazer com que cada ator social que participa desse conselho possa, nas suas diferentes áreas de atuação, nos ajudar a mobilizar a cidade dentro de um propósito comum", disse o prefeito. Paes lembrou o governo Lula (2003-2010) no qual, segundo ele, houve um 'consenso mínimo' em prol de pautas prioritárias, como o combate à fome.

"O Brasil estabeleceu um consenso naquele momento de que tinha muita vontade de diminuir a pobreza, acabar com a fome. Esse consenso foi estabelecido. Todos apoiaram esse processo".

O encontro presencial contou com mais de cem conselheiros no salão do Palácio, e outro grupo acompanhou de maneira remota. Houve aglomeração na entrada. Durante a cerimônia, Paes baseou o discurso em obras da primeira gestão, e afirmou que o Rio precisa voltar a "pensar grande".

"É uma reconstrução possível, que precisa ser feita e que só vai ser feita. Ou não há uma mobilização da sociedade civil, dos atores econômicos, ou a gente não consegue fazer esse processo de virada importante".

"Eu ia para fora do país e percebia como essa cidade é sexy, como as pessoas desejam o Rio de Janeiro, querem o Rio de Janeiro. Chegava em fóruns internacionais e eu era 'o prefeito do Rio'. Quem liderava, quem protagonizava a cena era o Rio. A gente tem que voltar a pensar grande".