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Chefe do tráfico do Jacarezinho fugiu de ação policial vestido de mulher

Felipe Ferreira Manoel, o Fred do Jacarezinho, é apontado pela Polícia Civil como principal suspeito de ter ordenado ataque que terminou na morte do policial André Frias

Felipe Ferreira Manuel, o Fred do Jacarezinho, é suspeito de ter matado o policial civil André Frias
Felipe Ferreira Manuel, o Fred do Jacarezinho, é suspeito de ter matado o policial civil André Frias -
Rio - A Polícia Civil abriu inquérito para apurar se a ordem do ataque contra os agentes envolvidos na operação do Jacarezinho, na última quinta-feira, teria partido do traficante Felipe Ferreira Manoel, o Fred do Jacarezinho. Na ocasião, três policiais civis foram baleados. A ação é apontada como a mais letal da história do Rio e terminou com 27 suspeitos e um inspetor da Delegacia de Combate às Drogas (DCOD) mortos.
Segundo investigações, o traficante conseguiu escapar da Operação Expertis vestindo roupas de mulher. A polícia acredita que ele esteja refugiado na comunidade do Mandela, vizinha ao Jacarezinho. Fontes da polícia apontam o traficante como o principal suspeito de ter atirado contra os policiais.
Apesar do posto de liderança, Fred não estava entre os alvos da operação da semana passada. O inquérito final da Delegacia de Proteção à Criança e Adolescente (DPCA) concluiu que 21 traficantes estavam recrutando crianças e adolescentes para o mundo do crime.
Fred do Jacarezinho, segundo a polícia, é alvo de investigação em diversos crimes, como tráfico de drogas; roubos, exploração de comércio ilegal e homicídios, entre eles o assassinato do policial militar Michel Falcão, em 2017, durante uma troca de tiros entre traficantes e policiais da UPP Jacarezinho.
De acordo com a polícia, após a prisão do traficante Marcus Vinícius da Silva, o Lambari, Fred e o comparsa Adriano de Souza Freitas, o Chico Bento, assumiram o posto de chefia no Jacarezinho. Sandra Helena Ferreira, a Sandra Sapatão, também é acusada de comandar o tráfico na localidade.
Fred, Chico Bento e Sandra Sapatão são considerados foragidos da Justiça e o Portal dos Procurados, vinculado ao Disque Denuncia, oferece recompensa por informações que acarretem nas prisões.
Ontem, o secretário de Polícia Civil, delegado Allan Turnowski, disse que os traficantes atiravam para matar policiais.
Turnowski garantiu que a Polícia Civil irá colaborar com as investigações do Ministério Público sobre a operação no Jacarezinho.
O MPRJ criou na manhã desta terça-feira uma força-tarefa para investigar a operação da polícia durante a operação. Ela, que será coordenada pelo promotor André Luís Cardoso. O grupo vai apurar a conduta dos policiais durante a operação.