Bem ao lado da maior via expressa do Rio de Janeiro, um lixão a céu aberto toma proporções cada vez maiores em Campo Grande, na Zona Oeste da cidade. O depósito irregular de lixo fica localizado na Estrada do Pedregoso, que dá acesso à Avenida Brasil, e há anos incomoda moradores e comerciantes da região.
Com muitos metros de extensão, o vazadouro se tornou um incômodo. Mesmo durante o dia, carros, picapes e caminhões depositam por lá um pouco de tudo; de móveis antigos a alimentos estragados, espalhando mau cheiro.
"O lixão existe há muito tempo, mas o pessoal jogava pouquinho. De uns tempos para cá, passaram a despejar descontroladamente. E quem sofre mesmo é quem vive aqui", relata um morador, que prefere não se identificar.
E a indignação não é com o poder público, que, segundo a vizinhança, tem feito o seu papel. "A Comlurb vem aí limpar, mas no outro dia já está tudo sujo outra vez. Errado é o povo que faz isso", disse o homem, de 57 anos.
Já para os comerciantes das redondezas, poluição é sinônimo de prejuízo. O dono de um bar numa rua vizinha, que também prefere não revelar o nome, sente os efeitos no bolso.
"Aqui vem mosca, tem cheiro de peixe e de animal morto. Tem gente que para aqui, pede uma cerveja, mas não consegue ficar muito tempo", lamenta o comerciante, de 37 anos, que há um ano adotou um cão abandonado no lixão.
Ao MEIA HORA, a Comlurb disse que "fará nova operação de remoção no local e iniciará a construção de uma cerca com dormentes para dificultar o despejo irregular". A companhia recebe pedidos de remoção no WhatsApp 3460-1746.