Guerra sem fim em Niterói: mais uma madrugada de tiroteio no Santo Cristo

Traficantes rivais disputam controle da região há pelo menos uma semana. Confronto deixa rastros de sangue na comunidade

Apreensão da PM foi levada para a delegacia
Apreensão da PM foi levada para a delegacia -
Rio - O confronto entre traficantes rivais já dura uma semana no bairro Fonseca, em Niterói, na Região Metropolitana. Durante a madrugada e o início da manhã desta quinta-feira (20), moradores registraram mais tiros na guerra pela disputa de territórios. No fim de semana, o fotógrafo Thiago Freitas foi morto com um tiro na cabeça, ao pedir para que os bandidos tentassem diminuir o baralho na porta de sua casa, pois sua filha pequena não conseguia dormir. 
Segundo investigações da polícia, traficantes de uma das maiores facções do Estado do Rio invadiriam a comunidade Santo Cristo. "O objetivo deles é criar um complexo nessa região e controlar a venda de drogas", disse um dos investigadores da Polícia Civil. 
Há pelo menos uma semana, traficantes da facção anterior tentam a retomada da comunidade. Policiais do 12º BPM (Niterói) prenderam três suspeitos e apreenderam um menor que vinham da Vila do João, no Complexo da Maré, e ajudariam na invasão da favela. Eles estavam em um táxi bandeira do Rio. O motorista contou que foi abordado na Avenida Brasil e recebeu o pedido de viagem para Niterói. 
A PM diz que um dos presos é um traficante conhecido como "Jekão", antiga liderança do Morro do Estado, também em Niterói. Ele, segundo a polícia, buscou abrigo na Maré após perder espaço na comunidade niteroiense. 
Horas antes, PMs apreenderam um fuzil durante operação no Fonseca.