Rio - Um dos alvos da operação Direção Perigosa, o policial militar Daniel Monsores foi preso com a farda da PM, dentro do 20º BPM (Mesquita). A ação, realizada nesta terça-feira em Mesquita, na Baixada Fluminense, tinha como objetivo cumprir 13 mandados de prisão e 22 de busca e apreensão. Até às 11 horas, 11 pessoas tinham sido presas.
Sete policiais militares foram denunciados e presos. Entre os policiais denunciados está Márcio Lima da Cunha, conhecido como "Zebu", apontado como líder da milícia, ele já estava encarcerado desde 2018.
Entre os civis presos está a mulher de Zebu, Sandra. Ela é apontada nas investigações como a pessoa que passa todas as informações para o marido, no Batalhão Especial Prisional (BEP) da Polícia Militar, em Niterói.
Segundo a denúncia do Ministério Publico e da Polícia Civil, o grupo paramilitar explora o comércio ilegal de transporte alternativo dentro de Mesquita e cidades vizinhas.
A polícia diz que, mesmo de dentro BEP, Zebu exerce poder de controle em três cooperativas nos bairros Jacutinga, Santo Elias e Vila Emil, em Mesquita, através de cobrança de taxas para circular livremente pelos bairros. A denúncia aponta a participação de PMs, entre eles Daniel Monsores.
O Ministério Público apreendeu celulares; documentos; dinheiro proveniente das cobranças de taxas; cadernos com anotações da quadrilha; carnês; lunetas, rádios transmissores e um esboço de projetos de loteamento e construção de residências.
Em nota, a Secretaria de Estado de Polícia Militar disse que a Corregedoria da Polícia Militar realizou uma ação conjunta com equipes da Polícia Civil e do Ministério Público contra a milícia em Mesquita e que seis mandados de prisão contra policiais militares foram cumpridos.