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Polícia apreende cordão que seria presente de Dia dos Namorados para mulher de Ecko

O chefe da maior milícia do Rio foi capturado e morto durante uma operação na manhã deste sábado (12), na comunidade das Três Pontes, em Paciência, Zona Oeste do Rio

Polícia Civil apreendeu um cordão que seria presente de Dia dos Namorados para a esposa de Ecko
Polícia Civil apreendeu um cordão que seria presente de Dia dos Namorados para a esposa de Ecko -
Rio - A Polícia Civil apreendeu um cordão que seria presente de Dia dos Namorados para a esposa do miliciano Wellington da Silva Braga, o Ecko, capturado e morto durante uma operação na manhã deste sábado (12). O chefe da maior milícia do Rio foi encontrado na casa de parentes, com mulher e filhos, na comunidade das Três Pontes, em Paciência, Zona Oeste do Rio. Ecko chegou a ser socorrido de helicóptero e levado para o Hospital Municipal Miguel Couto, no Leblon, na Zona Sul, ainda com vida, mas não resistiu aos ferimentos e morreu.
Interceptações telefônicas autorizadas pela 1ª Vara Criminal Especializada em Combate ao Crime Organizado, do Tribunal de Justiça do Rio (TJRJ), ajudaram na operação policial deste sábado. No últimos cinco meses, o juízo da Vara, em trabalho com a Polícia Civil, liberou a interceptação telefônica de Ecko, da esposa do miliciano e de outras pessoas próximas. 
"Capitão Braga"
Equipes que participaram neste sábado da operação de captura e morte de Wellington da Silva Braga, o Ecko, encontraram uma farda idêntica a da Polícia Militar na casa do miliciano. O uniforme com a patente de capitão, é personalizado, com as inscrições 'Capitão Braga' no peito, e o tipo sanguíneo A+. A farda foi apreendida pela perícia da Delegacia de Homicídios da Capital (DHC).
O DIA apurou que Ecko gostava de ser chamado de 'Capitão Braga' por seus comparsas, e que gostava de controlar seus soldados com o rigor militar. Segundo fontes da Polícia Civil, no dia a dia da milícia, o líder criminoso determinava que seus comandados deveriam prestar continência, usar fardas completas e manter os coturnos sempre limpos. Apesar do hábito, Ecko jamais foi policial militar.
Sucessores
Com a morte de Ecko, a Polícia Civil já sabe quem podem ser os possíveis herdeiros na linha sucessória do grupo controlado pelo miliciano, que tinha sob seu domínio territórios extensos na Zona Oeste e Baixada Fluminense. O DIA apurou que entre quatro nomes, dois são irmãos de Ecko, o que daria o pontapé a uma terceira geração do crime na família Silva Braga - o irmão de Ecko, Carlos Alexandre da Silva Braga, o Carlinhos Três Pontes, foi o principal nome da milícia até sua morte, em abril de 2017.