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CPI da Covid ouve Wilson Witzel e pode votar novas convocações e quebras de sigilo nesta quarta-feira

O ministro do STF decidiu que Witzel não é obrigado a prestar depoimento à CPI. No entanto, ele afirmou que participará da reunião

Wilson Witzel
Wilson Witzel -
Rio - A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid ouve Wilson Witzel, ex-governador do Rio de Janeiro, nesta quarta-feira, a partir das 9h. O senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), vice-presidente da comissão, e o senador Alessandro Vieira (Cidadania-SE) são autores dos requerimentos de convocação de Witzel, que foi eleito em 2018 e teve seu mandato cassado em abril deste ano.
Durante a reunião, os senadores devem analisar a retirada de sigilo de documentos recebidos e também podem votar novas convocações e quebras de sigilos.
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Nunes Marques decidiu nesta terça-feira que Witzel não é obrigado a prestar depoimento à CPI da Pandemia. No entanto, ele afirmou que participará da reunião.
“Em face do exposto, defiro o pedido de habeas corpus para dispensar o paciente, caso queira, de comparecer perante a CPI da Pandemia e, em caso de opção pelo comparecimento, garantir-lhe: o direito ao silêncio, a não assumir o compromisso de falar a verdade (em razão da condição de investigado e não de testemunha) e à assistência de advogado”, decidiu Nunes.
Randolfe aponta como motivo para a convocação uma série de denúncias de que o ex-governador se beneficiou de um esquema de corrupção no início da pandemia. O requerimento do senador cita dados do Ministério Público Federal para apontar que Witzel recebia um percentual das propinas que eram pagas dentro da Secretaria de Saúde do Rio de Janeiro. Witzel sofreu impeachment, com a Assembleia Legislativa do Estado registrando 69 votos a favor do afastamento e nenhum contrário.