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Operação da Polícia Civil desmonta braço financeiro da milícia na Baixada Fluminense

Força-tarefa prendeu 11 pessoas, sendo um deles o chefe da 'gatonet' oferecida pelo grupo paramilitar nas áreas de domínio do miliciano Tandera

Polícia pegou homem que chefiava esquema de
Polícia pegou homem que chefiava esquema de "gatonet" na região -
Rio - Rio - Uma força-tarefa da Polícia Civil desmontou, nesta segunda-feira, parte do braço financeiro da milícia liderada por Danilo Dias Lima, vulgo Tandera, em Nova Iguaçu e Seropédica, na Baixada Fluminense. A ação, fruto de investigação da inteligência das unidades do Departamento Geral de Polícia Especializada (DGPE), fechou depósitos de gás, provedores de internet ilegal, estabelecimentos comerciais explorados e prendeu 11 pessoas, sendo um deles o responsável por comandar o 'gatonet'.
De acordo com o DGPE, a operação teve com principal arma as denúncias recebidas através do Disque Denúncia, que identificaram os estabelecimentos usados pela milícia na lavagem de recursos. Entre os imóveis batidos pelos agentes da PC, chamou a atenção uma mercearia onde eram vendidos, inclusive, alimentos fora da validade.
Outro estabelecimento estourado, dessa vez por agentes da Delegacia de Repressão aos Crimes Contra a Propriedade Imaterial (DRCPIM), comercializava equipamentos do tipo TV-Box usado pela milícia no esquema de gatonet e gatointernet.
O miliciano Tandera é o líder da milícia em Santa Cruz, Manguariba e Palmares, na Zona Oeste, além de partes de Nova Iguaçu e do município de Seropédica. Com a morte do seu rival, Wellington da Silva Braga, o Ecko, ele passou a ser o miliciano mais procurado no Rio. A recompensa por informações que resultem na sua prisão, segundo o Portal dos Procurados, é de R$ 5 mil.
Entre os crimes investigados estão exploração de atividades ilegais controladas pela milícia: cobranças irregulares de taxas de segurança e de moradia; instalações de centrais clandestinas de TV a cabo e de internet (gatonet/gatointernet); e armazenamento e comércio irregular de botijões de gás e água.
Outros crimes apurados são: empresas de GNV ilegais; parcelamento irregular de solo urbano; exploração e construções irregulares, areais e outros crimes ambientais; comercialização de produtos falsificados; contrabando; descaminho; transporte alternativo irregular; e estabelecimentos comerciais explorados pela milícia e utilizados para lavagem de dinheiro, entre outras ilegalidades.
Polícia pegou homem que chefiava esquema de "gatonet" na região Divulgação
Lojas usadas como laranja para lavagem de recursos da milícia comercializavam produtos pirateados Divulgação