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Miliciano cruel roda em Irajá

Soldado do 41º BPM (Irajá) chefiava grupo criminoso que barbariza vítimas com tortura e estupros

Grupo conhecido como Bonde do Magrinho, liderado por policial militar, matava vítimas, se necessário, para conseguir dinheiro
Grupo conhecido como Bonde do Magrinho, liderado por policial militar, matava vítimas, se necessário, para conseguir dinheiro -

Sessões de tortura seguidas de espancamento e até estupro filmado. Era assim que um grupo de milicianos, o temido Bonde do Magrinho, chefiado pelo PM da ativa Eduardo Maia Rodrigues, o tal Magrinho, agia contra suas vítimas. A informação é do delegado Willian Pena Júnior, diretor da Draco, responsável pela Operação Barbárie, que prendeu o agente ontem.

"Uma das vítimas, para que fosse obrigada a fornecer dinheiro para essa quadrilha, foi empalada pelos marginais", explicou o delegado, citando a técnica de tortura que consiste em atravessar o corpo da pessoa com uma estaca e deixá-la agonizando até a morte.

Além do PM, foi preso o comparsa Cristiano Jorge Braga Sanches, o Tazinho. A polícia apreendeu uma réplica de fuzil, duas armas, celulares, dinheiro e relógios. Segundo o delegado, o inquérito não foi concluído. Outros dois suspeitos são investigados.

O soldado Rodrigues é lotado no 41º BPM (Irajá). A PM informou que a Corregedoria acompanhou a prisão. Ele vai cumprir prisão temporária por 30 dias. Ele seria encaminhado ao batalhão da PM, em Niterói. Magrinho e Tazinho são acusados de extorsão, estupros, roubo e associação criminosa.

"Os presos respondem por vários crimes. Usavam falsos pretextos de que as vitimas seriam marginais, as extorquiam, batiam e espancavam para conseguir dinheiro", disse o delegado da Draco.