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Prefeitura diz que 78 mil ainda não retornaram para segunda dose da vacina

Especialista fala sobre as reações dos imunizantes

Cidade soma 48 óbitos e 2.690 casos confirmados do novo coronavírus
Cidade soma 48 óbitos e 2.690 casos confirmados do novo coronavírus -
Rio - Cerca de 78 mil pessoas ainda não retornaram para tomar a segunda dose da vacina contra covid-19 na cidade do Rio. A Secretaria Municipal de Saúde (SMS) informou que segue nas buscas pelos cariocas que ainda não completaram o esquema vacinal e esclarece que, somente com as duas doses, é possível garantir a eficácia da imunização.

Segundo a pasta, a busca pelas pessoas que não retornaram para a D2 no prazo é feita pelas equipes das unidades de saúde a partir dos dados dos pacientes registrados. Em um primeiro momento, o contato é realizado por telefone. Caso não obtenham sucesso, uma outra tentativa poderá ser feita pelo endereço de residência. A SMS também recomenda que, as pessoas deem preferência para tomar a D2 na mesma unidade em que receberam a D1, portando o comprovante de vacinação para verificação da data indicada para D2.
De acordo com o Painel Rio Covid, atualmente, são 2.7 milhões de vacinados com a primeira dose e uma cobertura vacinal de 40,9% da D1 no município. Já com a segunda dose, o número de vacinados está abaixo de um milhão, com 975 mil vacinados com a D2 e uma cobertura vacinal de 14,5%.
A SMS também destacou que há duas situações atuais possíveis: a de pessoas que não voltaram no tempo certo para tomar a D2 e aquelas que ainda estão dentro do prazo de retorno.
"Diferentemente da CoronaVac, que tem um período menor entre a D1 e a D2, para as vacinas AstraZeneca e a Pfizer esse intervalo é de 12 semanas. Segundo a pasta, na comparação de D1 com D2, sempre haverá uma diferença considerável, o que não quer dizer que são pessoas atrasadas para tomar a segunda dose", disse a pasta em nota.
Um dos problemas enfrentados pelo programa de vacinação, são pessoas que tem preferido marcas de vacina em relação a outras, como é o caso da Astrazeneca/Oxford. No início do mês, comentários sobre as reações adversas do imunizante entraram no Trend Topics do Twitter e assustaram algumas pessoas que ainda serão imunizadas. No entanto, o infectologista Renato Kfouri explica que este é um equívoco e que os baixos efeitos colaterais não deveriam ser uma preocupação maior do que a prevenção à covid.
"Esse é realmente um equívoco porque a gente não tem vacina para todos, tem vacina pra uma pequena parcela. Ter febre, dor no corpo, mal-estar, que se resolve rapidamente com os analgésicos comuns e que são transitórias, duram no máximo 48 horas não devia ser motivo de perder a oportunidade de ser vacinado, muito pelo contrário, os danos pela covid são maiores", explica.
Kfouri também faz o alerta para pessoas que tem escolhido vacinas baseado na diferença de eficácia. Segundo ele, apesar das diferenças de intervalo entre as doses, efeitos colaterais e um contraste em termos de proteção, todos os imunizantes distribuídos hoje no Brasil tem uma alta eficácia contra o coronavírus.
"É claro que elas são diferentes, uma em uma dose, outra em duas, outra com intervalo de um mês, outro de três meses, um pouco mais de dor que a outra, dá menos febre, um pouco mais eficaz que a outra, mas em comum todas são muito seguras, com efeitos colaterais muito inferiores ao benefício. Todas são muito boas pra prevenção das formas graves da covid-19. Não vacinar hoje é a pior escolha. Não é pra ficar escolhendo vacina, o pior cenário é ficar desprotegido", finalizou.
No último dia 18, durante a apresentação do 24° boletim epidemiológico do município, o prefeito Eduardo Paes divulgou o novo calendário da vacinação para a população do Rio e prevê a imunização de toda a população maior de idade até o dia 31 de agosto. O calendário de imunização de todos os cariocas foi adiantado em 1 mês e 21 dias. O anúncio foi feito junto com o Ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, que também esteve presente no evento e recebeu os agradecimentos de Paes.
Confira o calendário de vacinação no Rio:
- Segunda-feira (21): Mulheres de 49 anos; gestantes e puérperas a partir de 18 anos
- Terça-feira (22): Homens de 49 anos; gestantes e puérperas a partir de 18 anos
- Quarta-feira (23): Pessoas com 49 anos ou mais; repescagem para os profissionais de educação; gestantes e puérperas a partir de 18 anos
- Quinta-feira (24): Mulheres de 48 anos, gestantes e puérperas a partir de 18 anos
- Sexta-feira (25): Homens de 48 anos, gestantes e puérperas a partir de 18 anos
- Sábado (26): Pessoas com 48 anos ou mais; gestantes e puérperas a partir de 18 anos
- Segunda-feira (28): Mulheres de 47 anos
- Terça-feira (29): Homens de 47 anos
- Quarta-feira (30): Pessoas com 47 anos ou mais