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Máfia dos cigarros leva fumo

Quadrilha ligada a bicheiros, a PMs e à escola Grande Rio é desbaratada pelo MPRJ

Maços de uma mesma marca é distribuída pela quadrilha no Rio
Maços de uma mesma marca é distribuída pela quadrilha no Rio -

O Ministério Público do Rio denunciou ontem 40 pessoas por envolvimento com a venda ilegal de cigarros na Operação Fumus, que desbaratou quadrilha que envolve pessoas ligadas ao jogo do bicho e PMs. O bando, que também atua com milícias e traficantes na capital, Baixada e Norte Fluminense, é conhecido como "Banca da Grande Rio", em referência a vínculos de denunciados com a escola de samba Grande Rio.

Segundo o MP, os irmãos Adilson Oliveira Coutinho Filho, o Adilsinho, e Claudio Nunes Coutinho, apontados como chefes da organização, são primos de Hélio Ribeiro de Oliveira, o Helinho, presidente de honra da agremiação.

Os irmãos foram denunciados e quatro acusados foram presos. Um é o PM Flávio Lúcio de Oliveira, do 40º BPM (Campo Grande). O PM Adriano Teixeira foi preso. A polícia apreendeu documentos, telefone celulares, mais de R$ 55 mil em espécie e grande quantidade de cigarros. Adilsinho e o irmão não foram encontrados e estão foragidos.

João Ribeiro de Oliveira, outro integrante do bando, é irmão de Helinho. O relatório do MPRJ afirma que João Oliveira chega a afirmar que não "caiu de paraquedas" no bando, justamente por ser irmão de Hélio, e que diversos denunciados fazem questão de ostentar vínculos com a escola de samba. O documento relata que em uma das imagens João Ribeiro de Oliveira aparece conversando com Francisco Sergio Simões, o Serginho, no "escritório" do bando usando máscara com símbolo da Grande Rio.

Maços de uma mesma marca é distribuída pela quadrilha no Rio fotos reprodução
Movimentação de agentes federais durante a Operação Fumus Estefan Radovicz
Houve grande movimentação de agentes na sede da PF, durante a 'Operação Fumus, que investiga ação de criminosos Estefan Radovicz