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Uma bomba de quadrilha

MP e polícia dão sacode na Mangueirinha, em Caxias, onde o chefão Bochecha Rosa treina o seu bando pra explodir caixas eletrônicos

Policiais da Core deram apoio à ação mirando nas lajes e nos becos das comunidades: sete suspeitos foram presos
Policiais da Core deram apoio à ação mirando nas lajes e nos becos das comunidades: sete suspeitos foram presos -

Empréstimos de armas para assaltos e especialização em explosões de caixas eletrônicos. Para o Ministério Público, essas são as novas práticas adotadas por traficantes do Comando Vermelho. Em oito meses de investigações, que resultaram na Operação Anura, deflagrada ontem, o MPRJ e a Polícia Civil descobriram o esquema violento comandado por Jonatha Hyrval Cassiano da Silva, o Bochecha Rosa, chefe do tráfico no Complexo da Mangueirinha, em Duque de Caxias.

Drogas e armas foram apreendidas. Mais de cem agentes participaram. Sete pessoas acabaram presas, e seis delas eram foragidas e faziam parte do tráfico.

"A linguagem que ele fala é a do tiro e do confronto. O tráfico não está agora circunscrito apenas à mercancia das drogas. Descobriu que pode ganhar dinheiro exercendo atividades típicas da milícia, além de explosões a caixas eletrônicos", explicou o promotor de Justiça Rogério Lima.  

A operação tinha como principal objetivo cumprir 14 mandados de prisão contra traficantes acusados de diversos crimes. Bochecha, o alvo principal, escapou. "É um elemento perigoso. Anda com vários seguranças e se esconde em outras comunidades. Investigações apontaram que havia empréstimos de armas e simulacros para roubos fora da comunidade", detalhou o delegado Gustavo Castro, da DRF.

Os presos e o material apreendido foram levados à Cidade da Polícia. Não houve registro de feridos.