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Revacinação é alvo de investigação

Ministério Público vai cair de pau em cima de quem escolhe vacinas e toma doses a mais

Num posto de saúde na Tijuca, Paula e Luiza Nascimento, mãe e filha, mostram o registro da vacina
Num posto de saúde na Tijuca, Paula e Luiza Nascimento, mãe e filha, mostram o registro da vacina -

O Ministério Público anunciou que vai investigar os casos de revacinação no município do Rio. De acordo com o MPRJ, as pessoas que, supostamente, tomaram um primeiro imunizante e voltaram, na repescagem, para tomar vacina de outra marca já foram identificadas.

O órgão pediu à prefeitura a adoção imediata de medidas para evitar essa prática, como a verificação prévia no aplicativo Conecte SUS ou no Sistema do Programa Nacional de Imunizações (SI-PNI) se o candidato à vacinação já não tem outros registros de já ter sido imunizado contra a Covid-19.

Um documento de recomendação do MPRJ, expedido ao Município na sexta-feira, sugere que seja criada ou acrescentada, nos Registros Manuais de Vacinação, uma aba específica quanto à impossibilidade de revacinação. Além da criação de uma campanha específica, com divulgação nos meios de comunicação.

Na sexta, o prefeito Eduardo Paes revelou o problema e criticou: "Quero reiterar nosso pedido: não fiquem querendo burlar o sistema e escolher vacina. Isso é criminoso, é fraude, é um desrespeito à vida".

Segundo o Ministério Público, a revacinação "configura fraude, assim como dano moral coletivo, e que, além da preocupação sanitária, considerando serem desconhecidos os efeitos para a saúde deste 'cruzamento/sobreposição' de vacinas diferentes, tal conduta poderá comprometer o Plano Municipal de Vacinação".