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Rio não aplicou doses vencidas da vacina da AstraZeneca contra a Covid-19

Secretário Municipal de Saúde, Daniel Soranz, informou que pasta realizou investigação e não identificou nenhum caso na capital

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Rio - O secretário municipal de Saúde, Daniel Soranz, afirmou no Twitter, neste sábado (3), que a cidade do Rio não aplicou nenhuma dose vencida da vacina da AstraZeneca contra a Covid-19. A secretaria de Saúde abriu uma investigação na capital na última sexta-feira (2), após o jornal 'Folha de S. Paulo' revelar suposta aplicação de vacinas vencidas em postos de saúde do Brasil.
Através das redes sociais, Soranz anunciou o resultado da checagem dos dados do município. Na sexta, a secretaria havia divulgado 756 casos suspeitos. Nenhum foi confirmado. A secretaria entrou em contato, até agora, com 741 pacientes, e em todos a dose foi aplicada na data correta. Outros 15 ainda não foram encontrados, "mas não há indício", segundo a pasta, "de que houve aplicação com doses vencidas".
"Após realizar, desde a tarde desta sexta-feira (2), a rechecagem dos dados de todos os 756 suspeitos de terem recebido doses supostamente vencidas, reafirma que não recebeu doses vencidas e nenhuma de suas unidades aplicou doses vencidas", escreveu Soranz.
A Secretaria Municipal de Saúde informou, em nota, que "constatou que não recebeu doses vencidas e nenhuma de suas unidades aplicou doses vencidas. Até o momento, já conseguiu contatar 741 pacientes e em nenhum desses casos houve aplicação de dose fora da data de validade do imunizante. Os registros desses casos continham erros no sistema e a grande maioria já foi corrigida. Os demais estão em processo de ajustes. Os outros 15 registros seguem em investigação, pois não houve sucesso nas tentativas de contato com os usuários, mas não há qualquer indício de que houve aplicação com doses vencidas nestes casos". 
Ministério da Saúde nega aplicação de vacinas vencidas
O Ministério da Saúde informou que nenhuma dose vencida de vacina contra a covid-19 é repassada aos estados e o Distrito Federal. Acrescentou que o prazo de validade dos imunizantes é rigorosamente acompanhado desde o recebimento até a distribuição.

A divulgação da informação foi motivada pela publicação de uma matéria do jornal 'Folha de S.Paulo'. Segundo a publicação, cerca de 26 mil doses de vacinas da AstraZeneca teriam sido aplicadas após o vencimento em 1.532 municípios.

Segundo o ministério, os estados são orientados a distribuírem imediatamente os imunizantes recebidos, sendo obrigação dos gestores locais do Sistema Único de Saúde (SUS) fazer o armazenamento correto e a aplicação das doses dentro do prazo de validade.
Fiocruz
Em nota, a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) informou que os lotes que estariam com prazo de validade expirado não foram feitos no Brasil. O órgão pertence ao Ministério da Saúde e é responsável pela produção nacional dos imunizantes da AstraZeneca contra a covid-19.

Segundo a Fiocruz, os lotes sob suspeita foram importados da Índia e são do tipo do imunizante da AstraZeneca chamado de Covishield. Os demais carregamentos foram enviados pela Organização Pan-Americana de Saúde (Opas/OMS).

“Todas as doses das vacinas importadas da Índia (Covishield) foram entregues pela Fiocruz em janeiro e fevereiro dentro do prazo de validade e em concordância com o MS [Ministério da Saúde], de modo a viabilizar a antecipação da implementação do Plano Nacional de Operacionalização da Vacinação contra a Covid-19, diante da situação de pandemia. A Fiocruz está apoiando o PNI [Programa Nacional de Imunização] na busca de informações junto ao fabricante, na Índia, para subsidiar as orientações a serem dadas pelo programa àqueles que tiverem tomado a vacina vencida”, informou a Fiocruz.